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Publicado em 27/06/2010 as 7:56pm

O advogado Danilo afirma: "é melhor que nada"

O Presidente tem pouco a perder politicamente, já que não estará concorrendo à reeleição e navega hoje na Washington D.C. mais polarizada nos últimos 50 anos.

Após tanta espera…chegou. Presidente Obama está agindo onde o Congresso falhou e espera-se que até 5 milhões de imigrantes sejam beneficiados com sua ordem executiva de imigração. Mas longe estamos de uma resolução final para o problema, tanto em termos de implementação de tal ordem como da esperada, e necessária, completa reforma imigratória prometida ainda durante a primeira campanha do Presidente.

Esperava-se, baseado em declarações do Presidente e reports de jornalistas que obtiveram informação antecipada, que a ordem do Presidente seja designada, principalmente, ao benefício daqueles que tem famílias com filhos americanos, não tem antecedente criminal sério, tem seus impostos em dia e estão no país há mais de 5 anos. Espera-se, também, que indivíduos que entraram no país quando ainda menores de idade e que não se encaixaram na ordem executiva DACA de 2012 sejam beneficiados.

O Presidente tem pouco a perder politicamente, já que não estará concorrendo à reeleição e navega hoje na Washington D.C. mais polarizada nos últimos 50 anos. Desde sua derrota política na eleição de 2010, quando o país rejeitou seu plano de saúde universal e concedeu poder congressional ao Republicanos pela primeira vez em quase 40 anos, Presidente Obama isola-se mais e mais da diplomacia necessária pra uma reforma imigratória completa. Entretanto, ele prometeu desde 2007 que resolveria o problema e o povo latino tem-se tornado mais e mais audível. O risco, porém, descansará no próximo candidato Democrata à presidência, que necessitará do voto latino sem mobilizar a base conservadora oposta às ações do Presidente.

Em sua declaração Presidente Obama apresentou os melhores argumentos possíveis e racionais sobre imigração: a logística, custo e inabilidade de prender e deportar milhões; a integração dos imigrantes ilegais nos Estados Unidos; a necessidade econômica e o surplus de admitir imigrantes produtivos; a separação de famílias; a situação dos filhos de imigrantes indocumentados. Esses argumentos são, ironicamente, os mesmo usados por George W. Bush em seu primeiro e segundo termos quando foi bloqueado por Democratas no Congresso de implementar a reforma imigratória que ainda almejamos. O Presidente emitiu requerimentos básicos em sua declaração e enfatisou que o potencial de ganho pra economia, cultura e comunidade é muito maior que o custo de legalizar indivíduos de bom caráter, que trabalham pra construir um futuro melhor e que poderão “sair da escuridão.”

O Presidente, entretanto, não mencionou inclusão em sua ordem daqueles que tem filhos que qualificaram pra DACA, ou que iniciativas tomaria pra que uma completa reforma imigratória fosse possível ainda em seu governo. É um momento de alegria pra muitos, mas grande frustração pra aqueles que esperam há tanto tempo algo melhor. A luta continuará, e um dia será incontestável que nossos imigrantes são peça chave para o futuro desse país.

Fonte: Da Redação do Brazilian Times | Texto de Danilo J. Brack, ESQ

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