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Publicado em 28/01/2016 as 12:00am

É difícil ver o 'fundo do poço' no Brasil, diz CEO da Fiat Chrysler

Com queda no Brasil, receitas diminuíram 25% na América Latina. Grupo vai investir mais nos lucrativos SUVs da marca Jeep.

A FiatChrysler Automobiles (FCA) elevou na quarta-feira (27) metas financeiras de seu plano de recuperação, seguindo uma performance melhor que a esperada na América do Norte e Europa e fortes vendas de veículos utilitários da marca Jeep no mundo inteiro, segundo a Reuters.

No entanto, a 7ª maior montadora de veículos do mundo reduziu sua estimativa de margens de lucro para a América Latina devido às difíceis condições de mercado no Brasil e perspectivas incertas de recuperação no país.

"Inesperadamente, o Brasil deixou a grande maioria impotente diante das incertezas do mercado. É muito difícil ver o fundo do poço deste mercado", afirmou Sergio Marchionne, CEO da FCA, em conferência com analistas, segundo a agência Associated Press (AP).

O recuo de 26,5% nas vedas de carros novos no Brasil pesou no resultado da FCA na América Latina, que registrou queda de 25% nas receitas. A Argentina e a China também foram pontos negativos no resultado do grupo.

Por outro lado, a marca Jeep continua em forte expansão, com 1,3 milhão de modelos emplacados - alta de 21% em relação a 2014. Com isto, o grupo vai investir mais em SUVs.

Dart e 200

A FCA busca agora parceiros para produzir os modelos Dodge Dart e Chrysler 200, que não se tornaram populares e podem ser descontinuados em breve. As fábricas que atualmente produzem os 2 sedãs nos Estados Unidos já dão lugar a modelos Jeep, que são mais lucrativos.

O grupo também disse que embora esteja comprometida com o relançamento da Alfa Romeo, um dos pilares de seu plano de negócios, junto com a Jeep e a Maserati, a linha de produtos planejados para a marca esportiva só estará completa em meados de 2020.

Em 2014, Marchionne colocou uma meta de 7 milhões de veículos para 2018. No entanto, agora o CEO preferiu falar de atingir metas financeiras, como receita e lucro líquido, em vez de buscar um número de vendas.

Estimativas maiores

A montadora disse que agora vê lucro operacional ajustado de 8,7 bilhões a 9,8 bilhões de euros em 2018 e receitas de cerca de 136 bilhões de euros, uma alta ante as estimativas anteriores de 8,3 bilhões a 9,4 bilhões de euros e cerca de 129 bilhões respectivamente.

As comparações de estimativas foram atualizadas para excluir a Ferrari, que foi separada do grupo no início do ano.

A atualização foi uma surpresa para os mercados financeiros, com a maioria dos analistas prevendo que o plano de recuperação ficaria próximo de seus objetivos iniciais por causa dos atrasos de modelos, diferimento de investimentos e desaceleração da demanda na Ásia e América Latina.

A companhia divulgou um aumento de 39% no lucro operacional, para 1,64 bilhão de euros, superando a estimativa média dos analistas de 1,3 bilhão. As vendas subiram 11%, para 30,1 bilhões de euros, também acima das expectativas.

 

 

Fonte: http://g1.globo.com

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