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Publicado em 1/06/2016 as 12:11pm

No dia da deportação, brasileiro é internado em hospital psiquiátrico

Esposa entra em contato com Brazilian Times e pede ajuda, pois alega que o marido foi internado erroneamente.

Depois de ter morado por quatro anos ilegalmente nos Estados Unidos, o capixaba Wagno Silva, 35 anos, decidiu retornou ao Brasil. Mas sua filha, de nove anos e que nasceu em terras estadunidense, insistia para voltar e estudar em uma escola norte-americana. Diante disso, no dia 19 de março ele saiu de Serra (Espírito Santo) em direção às Bahamas para, novamente, entrar neste país.

Segundo a sua esposa, Juliana Francisca Silva, o casal tentou o Visto para voltar de forma legal, mas foi recusado decido ao fato de ter ficado ilegalmente nos EUA. “Estávamos todos angustiado e ele não pensou duas vezes em fazer a perigosa travessia”, fala ressaltando que o Wagno ficou 30 dias nas Bahamas aguardando o capitão do barco que o levaria.

Ainda, conforme ela relatou, no dia 18 de abril o capitão colocou gente demais no barco e a travessia deu errado e foi preso mais de 30 pessoas. Wagno passou mal e como sofre de disritmia cerebral e quando a Guarda Costeira chegou ele estava desmaiado após sofrer um ataque de epilepsia. “Meu marido foi levado a um hospital onde ficou três dias e depois transferido para uma cadeia de imigração chamada Broward Transitional Center (BTC), em Pompano Beach (Florida)”, disse.

O capixaba ficou 30 dias preso à espera de sua deportação, a qual ficou marcada para o dia 23 de maio, mas no dia 19, ele teve uma audiência de imigração, onde foi oferecido a possibilidade dele ficar no país por dos anos sob a condição de ajudar nas investigações sobre imigração ilegal.

Mas Wagno se recusou pelo fato de sua deportação já estar marcada e que não iria ficar longe de sua esposa, “ainda mais expondo a vida dela e da família ao denunciar os traficantes de pessoas”.

No domingo, dia 22 de maio, a esposa conversou com ele, o qual disse que estava bastante feliz em saber que seria deportado e veria sua família novamente. “Mas na noite de segunda-feira, dia 23, um amigo que estava preso com ele me ligou e avisou que o médico da unidade prisional lhe disse que meu esposo pediu para avisar que não tinha sido deportado”, relata ela bastante emocionada.

Ainda, segundo o amigo, Wagno estava internado em na clínica psiquiátrica Atlantic Shore Hospital, localizada em Fort Lauderdale. Segundo as informações que ela obteve no dia seguinte, ao conversar com um representante do Consulado-Geral do Brasil em Miami, identificado como Leonardo, o marido teria sofrido um surto psicótico e estaria ouvindo vozes, no aeroporto enquanto aguardava a liberação para embarcar para o Brasil. “Isso é mentira, pois o amigo dele disse que o viu na tarde de segunda de volta à unidade prisional”, afirma ela.

Bastante preocupada e sem saber o que fazer, a esposa entrou em contato novamente com Leonardo e pediu para que ele conversasse com algum representante do hospital e ouvisse de Wagno o que realmente aconteceu. “Meu esposo relatou que estava no aeroporto e que os oficiais eles estavam sem o papel de deportação, impedindo-o de viajar e por isso deveria retornar à unidade prisional. Ao saber disso, meu marido ficou nervoso e os agentes lhe trouxe remédio.  Mas ele se recusou alegando que se tomasse iria morrer. Os oficiais entenderam que ele queria se matar e decidiram interná-lo”, explica.

Desde o dia 23 de maio ela não conseguiu mais contato com o marido e disse que está desesperada, sem saber o que fazer. “Meu bebê de um ano chama o pai o tempo todo, minha filha não está se alimentando direito e está ficando desnutrida”, fala implorando por ajuda.

Segundo ela, o esposo é saudável, cheio de vida e nunca teve problemas psicológicos e que “jamais sofreria um justamente no dia em que estava prestes a voltar para perto da família”.  A mulher pede para que alguma entidade ou advogado posso ajuda-la. “O nome dele é Wagno e o número de detento é A 098938013”, disse. Quem puder ajudar por entrar em contato com a redação do Brazilian Times para obter o telefone dela, que está no Brasil.

Fonte: Luciano Sodré

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