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Publicado em 6/01/2017 as 3:00pm

Após 21 anos, assassinato de brasileira em NY é desvendado

Após 21 anos, assassinato de brasileira em NY é desvendado

Um brutal assassinato ocorrido no Central Park, em New York, em 1995 finalmente foi resolvido, graças ao renovado interesse após o assassinato da corredora do Howard Bech, Karina Vetrano.

A imigrante brasileira Maria Isabel Pinto Monteiro Alves, de 44 anos, estava treinando para a Maratona de New York, quando foi brutalmente espancada às 5:00 p.m., em 17 de setembro de 1995, perto da East Drive e da 103rd Street.

O assassinato da morena tomou as manchetes dos jornais em todo o mundo e uma avalanche de pistas – mais de 300 no primeiro mês após o crime.

Mais de 50 detetives do Departamento de Polícia de New York (NYPD) foram inicialmente designados para o caso. Meses e anos se passaram e o assassino não foi pego.

Então, em 2 de agosto de 2016, Vetrano, 30, foi morta em circunstâncias estranhamente semelhantes no Queens.

O caso de Vetrano levou o Tenente David Nilsen, do NYPD, a dar uma nova olhada nos arquivos de Alves. Antigas testemunhas foram re-entrevistadas junto com ex-investigadores e promotores.

Atenção das investigações se voltou para Aldopho Martinez, um catador de latinhas que tinha oito prisões anteriores por crimes, incluindo por estupro.

Martinez vivia em um prédio abandonado, na 110th Street, próximo ao local onde o corpo da brasileira foi encontrado.

Nilsen disse que, nos últimos meses, três testemunhas importantes, que conheciam Martinez, confirmaram elementos que o indicavam como culpado pelo assassino de Alves: “Ele foi visto saindo de onde morava bem vedo, na manhã daquele crime, indo em direção ao Central Park. Depois, ele foi visto retornando com a sua calça molhada, as mãos sujas de sangue e olhava assustado. Isso pouco depois que a brasileira foi assassinada”.

Ainda, segundo as novas provas coletadas, o suspeito teria dito a uma das testemunhas que “houve um assassinato de uma mulher no parque”, cerca de três horas antes do corpo de Alves ter sido descoberto.

Ele admitiu que tinha planejado roubar o walkman da brasileira naquele dia, depois de ter visto ela correndo na região anteriormente. Alves não levou o aparelho no dia em que ela foi morta porque estava chovendo.

Martinez também “disse a seu amigo, em mais de uma ocasião, que ele estava envolvido no assassinato dessa mulher”, segundo informou Nilsen.

Martinez morreu de tuberculose em 10 de julho de 1997, quase dois anos após o assassinato.
Mas isso não impediu o NYPD e a Procuradoria de Manhattan de tomarem, recentemente, um passo incomum para fechar o mistério do assassinato, classificando o homicídio com uma “autorização excepcional”.

Uma “autorização excepcional” é implementada somente quando a identidade do suspeito é conhecida, mas ele ou ela não pode ser processado por causa de circunstâncias extraordinárias, como morte ou enfermidade mental.

Nilsen deu a notícia à mãe de Alves de que a identidade do assassino de sua filha havia finalmente sido confirmada.

A mãe, Lida Pinto Machado, 87, que vive em um subúrbio do Rio de Janeiro, chorou e repetidamente agradeceu ao NYPD, ao tenente e a seus detetives.

Fonte: Brazilian Times

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