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Publicado em 24/03/2017 as 11:28am

Agentes da fronteira são acusados de abusar sexualmente de duas irmãs

As alegações, apresentadas na quarta-feira (22/03), dizem que as irmãs têm 19 e 17 anos e em julho passado foram levadas, uma de cada vez, para um "quarto tipo armário", em um escritório da CPB, por oficial que mandou remover suas roupas e depois a agredi

Da redação

Duas irmãs jovens da Guatemala disseram que foram agredidas sexualmente por um oficial da US Customs and Border Protection (patrulha fronteiriça) depois de atravessa a fronteira do México para o estado do Texas, de acordo com alegações feitas pela American Civil Liberties Union da California.

As alegações, apresentadas na quarta-feira (22/03), dizem que as irmãs têm 19 e 17 anos e em julho passado foram levadas, uma de cada vez, para um "quarto tipo armário", em um escritório da CPB, por oficial que mandou remover suas roupas e depois a agrediu sexualmente.

"O que aconteceu naquele armário me causou muita dor e tristeza", disse a irmã mais velha em uma declaração escrita. "Estou contando minha história porque não quero que mais ninguém passe por isso".

Os nomes das vítimas não foram revelados.

Funcionários do Immigration adn Customs Enforcement (ICE) se recusaram a comentar as alegações, mas publicaram a seguinte declaração:

"A US Customs & Border Protection não pode comentar sobre litígios pendentes, no entanto, tomamos as acusações como má conduta e não há espaço no CBP para o maus-tratos ou má conduta de qualquer tipo contra aqueles que estão sob nossa custódia. Não toleramos a corrupção ou abuso dentro da nossa agencia e cooperamos plenamente com qualquer investigação criminal ou administrativa por má conduta de qualquer um dos nossos funcionários, dentro ou fora de serviço".

As irmãs disseram que fugiram da Guatemala no verão passado na esperança de encontrar um futuro melhor nos Estados Unidos. Depois de atravessar a fronteira, elas se perderam, mas encontraram dois oficiais de imigração norte-americanos a quem pediram ajuda.

Os agentes levaram as duas a uma das estações da agência onde foram interrogadas e colocadas em uma cela. As irmãs disseram que foram deixadas sozinhas com um oficial.

Segundo as alegações, o oficial levou a irmã mais velha para um pequeno quarto, sem janelas, e disse-lhe para se despir para se certificar de que ela não estava carregando nada de ilegal. A jovem disse que ele puxou o sutiã, tirou a calcinha e começou a apalpá-la.

Depois de cinco a sete minutos, ele a colocou de volta na cela e levou a irmã mais nova para a mesma sala e a agrediu sexualmente também, segundo a acusação.

As irmãs foram colocadas na cela novamente, onde o policial então lhes ofereceu chocolate e batatas fritas e pediu para que elas não dissessem nada a ninguém sobre o que tinha acontecido.

Elas relataram a agressão a outro oficial e uma investigação foi iniciada pelo Departamento de Segurança Interna.

As duas foram libertados três dias depois e foram autorizados a viajar para Fresno, Califórnia, onde se encontraram com sua mãe.

"O CBP deve ser responsabilizado pelo abuso sexual cometido por seus oficiais a essas vítimas vulneráveis", disse a advogada da ACLU, Angélica Salceda, em uma declaração. "Não houve processo criminal contra o oficial envolvido, o CBP não está acima da lei e seus abusos de poder não devem ser tolerados".

Fonte: Brazilian Times

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