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Publicado em 20/04/2017 as 2:00pm

De infância dura a suicídio na cadeia: como candidato a ídolo da NFL se perdeu na vida

De infância dura a suicídio na cadeia: como candidato a ídolo da NFL se perdeu na vida

Nesta quarta-feira, Aaron Hernandez foi encontrado morto em sua cela numa prisão dos Estados Unidos. Destaque do New England Patriots de 2010 a 2012, ele tinha um contrato de sete anos que totalizava quase US$ 40 milhões. O atleta que foi condenado por assassinato, porém, já mostrava a personalidade explosiva há algum tempo.

Considerado um dos melhores em sua posição na liga, o camisa 81 estava na cadeia desde 2013, sentenciado a prisão perpétua por matar um jogador de futebol americano semiprofissional da região de Boston chamado Odin Lloyd.

A relação entre Lloyd e o ex-Tight End vem de Bristol, cidade de 60 mil habitantes do estado de Connecticut, nos Estados Unidos. Aaron nasceu e cresceu lá, sempre se destacando por sua habilidade esportiva.

Estava no sangue: seu pai, Dennis Hernández, era um herói esportivo local, apelidado de "O Rei". Ele mantinha o filho na rédea-curta, preocupado com as amizades de sua cria. Além do talento diferenciado para receber passes, também se destacava pela personalidade e a tendência às brigas.

  • Rebeldia na infância

A rebeldia de Aaron, porém, ganhou novos ares quando seu pai morreu em 2006, após complicações de uma cirurgia de hérnia. O garoto, que saía com membros de pequenas gangues na região, não tinha no registro nenhum delito até então.

O luto, entretanto, mudou seus conceitos e ele desistiu de seguir o caminho do pai na Universidade de Connecticut. Aos 17 anos, terminou o Ensino Médio como um grande atleta e ganhou bolsa na Universidade da Florida, fugindo de suas raízes.

Hernandez se afastou da infância, mas não dos problemas. Logo no primeiro ano de faculdade, se envolveu em uma briga de bar com amigos de Bristol que o visitavam no sul do país e não foi preso por ser menor de idade. Um ano depois, foi suspenso de uma partida após falhar sucessivamente nos testes de substâncias proibidas - era usuário de maconha.

A chance que o jovem de 1,88m precisava veio na forma de um técnico. Urban Meyer, treinador dos Gators, foi a figura paterna que faltava. O "coach" fez questão de olhar mais de perto para o garoto rebelde, o levou para casa e até o fez participar de aulas de estudo bíblico.

  • De volta à Nova Inglaterra

Mesmo assim, as equipes profissionais não apostavam tanto em Aaron. Apesar do talento indiscutível, os problemas extracampo o fizeram cair para a quarta rodada do Draft de 2010, quando os Patriots o escolheram.

Hernandez voltou à sua terra, afinal, a sede do New England ficava a menos de duas horas de carro de Bristol. Rapidamente virou uma estrela, com 175 recepções, 1.956 jardas e 18 touchdowns em três temporadas.

Logo após seu recrutamento, o atleta de 111kg foi lembrado da dura realidade de sua cidade. Sua mãe havia casado novamente, mas foi esfaqueada por seu padrasto, que foi preso.

De volta à Nova Inglaterra, ele estreitou a relação com velhos amigos e prosseguiu seu namoro com uma menina que conheceu na escola: Shayanna Jenkins, com quem teve uma filha.

A irmã de Shayanna namorava um rapaz da região chamado Odin Lloyd. Ele e Aaron se conheceram e até saíam juntos. Os dois se envolveram em uma confusão num bar e a relação entre os concunhados nunca mais foi a mesma.

Dias depois, perto de sua mansão em Boston, o atleta de sucesso foi visto por câmeras de segurança junto de dois amigos de Bristol portando uma arma. Aaron Hernandez deu dois tiros no peito de Odin Lloyd e não escapou da justiça, indo para a cadeia em 2013.

Fonte: http://www.msn.com

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