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Publicado em 3/05/2017 as 6:00pm

Imigrantes protestam, gritam por reforma e "param" os EUA

Em Portland, a polícia registrou ataques de coquetéis Molotov e bombas de fumaça

O Departamento de Polícia de Portland (Oregon) informou nesta segunda-feira, dia 1º, que foram realizadas várias detenções durante o manifesto promovido pelas comunidades imigrantes, chamado de “Um dia sem Imigrante”. Durante a realização da marcha, os oficiais pediram aos residentes da cidade para ficarem longe do centro da cidade.

De acordo com os relatórios, alguns manifestantes usavam contra os policiais fogos de artifício, bombas de fumaça e coquetéis Molotov.

Milhares de pessoas saíram às ruas em todo o país na segunda-feira para marchar em celebração ao dia 1º de Maio, pedindo uma reforma imigratória, direitos dos trabalhadores e responsabilidade policial.

Indignados pelas iniciativas do presidente Trump sobre imigrantes indocumentados no país, diversas multidões de manifestantes realizaram protestos pacíficos em cidades como Los Angeles, Chicago, New York, Miami e Boston.

Em Atlanta (Georgia), cerca de 200 pessoas reuniram-se com bandeiras escrito "ICE Get Out" e "Not One More Deportation" para protestar contra as recentes detenções e deportações promovidas por agentes do Immigration and Customs Enforcement (ICE) e pedir aos funcionários públicos que ampliem as proteções aos imigrantes.

A brasileira Aline Mello, de 28 anos, estava entre os manifestantes de Atlanta. Ela é chamada de “DREAMers” e recebeu proteção sob o programa Deferred Action for Childhood Arrivals (DACA).

Muitos manifestantes disseram que estavam preocupados com as tentativas do governo Trump em fomentar a imigração na “caça aos indocumentados”, a construção de um muro ao longo da fronteira com o México e impor a proibição de entrada de vários países de maioria muçulmana e ameaçando reter fundos federais dos municípios considerados "cidades santuários".

Do lado de fora da prefeitura, os defensores de imigrantes se uniram a uma ampla gama de grupos de justiça social lutando para aumentar o salário mínimo, combater o racismo e o sexismo e proteger as comunidades LGBTQ.

"Queremos que Atlanta seja uma verdadeira cidade santuário, não apenas uma cidade acolhedora", disse Carlos Medina, um voluntário da Aliança Latina para os Direitos Humanos na Georgia. "Queremos um salário justo. Queremos que as pessoas respeitem a identidade de gênero. E queremos que eles parem as deportações", continuou.

Após o protesto, mais de uma centena de defensores da imigração e da justiça social entraram na Câmara do Conselho da Cidade de Atlanta para exigir que o Município elevasse o salário mínimo para US $ 15 por hora e que a cidade cumprisse os pedidos de Imigração e Alfândega somente se o oficial tiver um mandado

Grupos de direitos imigrantes e sindicatos organizaram vários comícios em toda a cidade de New York, culminando na noite de segunda-feira na Foley Square, no que os organizadores disseram que seria a maior manifestação planejada na cidade para o Primeiro de Maio.

Michael Bellamy estava entre os manifestantes em Union Square na tarde de segunda-feira. "Estamos mostrando como as políticas dos EUA ao longo da história criaram refugiados e feriram as pessoas, e queremos celebrar aqueles que trabalham", disse ele.

No início de segunda-feira, cerca de 500 pessoas se reuniram nos arredores de Wells Fargo e JPMorgan Chase & Co., em Manhattan. Doze pessoas foram presas por desobediência civil, segundo José López, do grupo de defesa de imigrantes Make the Road, depois que manifestantes bloquearam a entrada do JPMorgan por cerca de 10 minutos.

"Queríamos identificar e nomear uma série de empresas corporativas que lucraram com a agenda de Trump e detenção de imigrantes", disse Lopez. "Na segunda-feira, nós fomos às ruas e atrás do primeiro alvo incorporado na lista."

Em Chicago, Jorge Mujica, organizador da Arise Chicago, disse que centenas de pessoas se reuniram algumas horas antes da marcha da Union Park para Daley Plaza.

Em Massachusetts, a Central do Trabalhador Imigrante Brasileiro (CTIB) foi uma das organizações brasileiras que mais se envolveu na manifestação. O presidente Márcio Porto avalia como boa a paralisação de maneira geral. “Muitos brasileiros e hispanos fecharam suas portas em solidariedade ao dia nacional de luta pela Reforma Imigratória”, fala ressaltando que poderia ter sido melhor e tido um resultado muito maior, se a comunidade brasileira fosse unida como as demais. “Mais no contexto geral, penso que produzimos os eleitos almejados.

Vários canais de televisão norte-americano, sites e jornais deram um destaque especial à esta luta. “Estamos com a consciência tranquila do dever comprido. A CTIB conseguiu gerar uma coalisão muito forte para que pessoas se mobilizassem em todas as partes dos Estados Unidos”, finaliza.

Fonte: Brazilian Times

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