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Publicado em 19/05/2017 as 8:52am

Após semanas 'desaparecido', youtuber brasileiro quebra o silêncio e assume estar preso

Em vídeo Juninho dos Santos assume que está preso, que tem um mandado de deportação desde 2005, mas nega acusações de crime federal.

No início do mês de abril surgiram diversas especulações na comunidade brasileira após os vídeos do canal do youtuber brasileiro Junior dos Santos terem saído do ar. O canal acumulava 114 mil inscritos.

O brasileiro, residente em Pompano Beach (Florida), é muito popular entre os brasileiros que acompanham vídeos de youtubers de compatriotas que relatam o dia a dia nos Estados Unidos.

Amado por uns e odiado por outros, na época as informações davam conta de que o mineiro de Governador Valadares havia sido preso após faltar a uma audiência de multa de trânsito. Especulou-se também que Juninho, como é mais conhecido, teria sido preso após brigar com outro youtuber brasileiro e, decorrente a isso, ele teria sido denunciado para a imigração por ser ilegal no país. Vídeos feitos por outros youtubers afirmavam que o brasileiro tinha carta de deportação por ter entrado no país ilegalmente e em comentários dos vídeos, pessoas chegaram a acusar Juninho de falsificar documentos americanos, tais como Social Security e justificaram sua prisão por esse crime. O Brazilian Times chegou a publicar uma matéria contanto o caso.

Semanas após o “sumiço virtual” do brasileiro, no início do mês um vídeo com o áudio do próprio Junior dos Santos foi publicado em seu canal no Youtube. Nele o brasileiro confirma estar preso em um Centro de Detenção Imigratório no estado da Georgia e resume o que aconteceu com ele. Confira um trecho da explicação de Juninho:

“Tudo o que vocês escutaram fora desse vídeo são especulações de quem tentava adivinhar. Teve vários vídeos de pessoas falando coisas que não tem nada haver. Eu estou detido em um centro de detenção na Georgia por que no ano de 2005, quando cheguei nos EUA quem me acompanha sabe, eu cheguei pelo México por falta de instrução e talvez de dinheiro para conseguir o visto, que naquele ano não era tão fácil de conseguir o visto americano como é hoje. Então eu decidi vir de forma ilegal, mas eu nunca aconselhei ninguém a fazer o mesmo. Quem assisti meus vídeos desde o princípio eu falei várias vezes que eu vim pelo México, mas a partir do momento que a gente se torna um pessoa pública e muitas pessoas passam a assistir os meus vídeos, eu não queria ser um influenciador de pessoas a cometer o mesmo erro que eu”, afirma Juninho no início do vídeo.

“Quando eu atravessei a fronteira no ano de 2005 eu fui pego pelos agentes imigratórios. Eu cheguei sem saber inglês, sem saber nada do país e nem português direito eu sabia...Eu assinei diversos papeis sem saber o que estava assinando e um desses papeis eu estava assinando uma corte que eu deveria comparecer em 2005 no Texas, e eu vim direto para a Florida. E por falta de informação, falta de conhecimento instrução de alguém que pudesse me instruir, então automaticamente o juiz, que estava encarregado do meu caso, teve a autonomia de assinar a minha deportação. Automaticamente desde 2005 eu tenho mandado de deportação. ‘Ah Juninho, como você não foi deportado até hoje?’, é simples, até o ano 2016 qualquer imigrante ilegal que cometesse qualquer delito, tipo de trânsito, não envolvia imigração.  Eu já tive várias multas, problemas envolvendo polícia e nunca envolveu imigração. Os governos passados nunca mexeram nessas ‘gavetas’, digamos assim. Com a mudança de governo muita coisa mudou e todos que tinham pendência imigratória, os agentes imigratórios foram atrás, tanto que eu estou sob custódia em um Centro de Detenção Imigratória. Aqui não é cadeia, aqui não tem cela, não tem policial armado... Estou aqui com pessoas que tem somente problemas imigratórios. Como dizem ai que eu mexi com documentos falsos, é tudo mentira... Se eu tivesse sido pego com documentação falsa, isso é crime federal, eu estaria preso em uma prisão federal, ia responder por esse crime para depois seria mandado para a imigração para depois ser deportado”, relata.

O brasileiro ainda afirma que como seu caso está no Texas, está tentando obter informações para pedir a reabertura e tentar se manter no país. “É uma experiência muito ruim o qual hoje eu estou pagando pelo erro que eu fiz, eu entendo isso”, conta.

Ele finaliza o vídeo pedindo desculpas ao público que acompanha os seus vídeos no YouTube e pedindo a ajuda da comunidade. “Quero pedir desculpas para as pessoas que admiram o trabalho que eu fiz até hoje, mostrando o dia a dia nos Estados Unidos. Não sou um criminoso como as pessoas estão tentando me intitular, graças a Deus. Eu quero agradecer aos meus amigos que estão ai fora que estão me ajudando. Eu vou precisar sim da ajuda de vocês. A única família que eu tenho aqui são os amigos e vocês e vocês q tem me acompanhado esses 3 anos na internet”.

Fonte: Brazilian Times

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