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Publicado em 6/09/2011 as 12:00am

EUA pedem que Brasil extradite suspeito de assassinato

O assassinato de uma família que aconteceu em Nevada no final de agosto teve uma reviravolta quando um dos suspeitos assumiu a culpa e denunciou dois comparsas.

O assassinato de uma família que aconteceu em Nevada no final de agosto teve uma reviravolta quando um dos suspeitos assumiu a culpa e denunciou dois comparsas.

Depois que assumiu a culpa de participação no assassinato do empresário Vanderlei Szczepanik, sua esposa Jaqueline e o filho Christopher, o mineiro de Ipaba, Valdeir Gonçalves dos Santos, perguntou às autoridades do estado de Nevada “porque Elias Lourenço Batista, também suspeito, foi deportado ao Brasil”.

Isso porque Valdeir e José Carlos Coutinho permaneceram detidos até o julgamento. Enquanto que Elias, que também teve seu nome arrolado durante as investigações, foi deportado para o Brasil por “supostamente não haver provas suficientes contra ele”. Valdeir não achou justo a Justiça manter ele e José Carlos detido e liberar o terceiro suspeito.

Os advogados de defesa de Valdeir, disse que o Ministério Público cometeu um erro em não oficializar a acusação contra Elias e não colocá-lo como acusado no mesmo processo que os outros dois brasileiros.

Mesmo aparecendo como suspeito no início das investigações, a Justiça determinou que Elias fosse deportado ao Brasil, em abril deste ano. Mas no fim de agosto, ele foi apontado pelo amigo Valdeir como um dos principais mentores do crime. O problema é que a Constituição do Brasil proíbe a extradição de seus cidadãos para serem julgados em outros países. E também não existe nenhum acordo entre os dois países que possibilite esta ação.

O Ministério Público não comentou sobre o assunto, mas afirmou que o foco agora é encontrar um meio de fazer com que o Brasil extradite o réu para ele responder pelos seus crimes. “Não vai ser fácil”, afirmou um defensor público de Nevada.

Por enquanto, Elias está seguro no Brasil, mas mesmo diante da proibição constitucional, a Justiça dos EUA encaminhará um “convite” para que o Brasil analise o caso e envie o acusado para receber o julgamento devido pelo seu crime.

Até o fechamento desta edição, as informações eram de que Elias estaria vivendo em sua cidade natal, Ipaba, no interior de Minas Gerais. Mas era pouco visto pelas ruas da cidade e alguns amigos acreditam que ele possa até mudar de região devido às acusações.

Mas em uma entrevista à um jornal da região, Elias disse que não tem nada a ver com o assassinato e que não voltará aos EUA, mesmo que o Brasil determine. “Eu sofri muito naquele pais”, fala .

Tatiane Klein, filha de Jaqueline Szczepanik, disse que está bastante revoltada com a liberdade de Elias e espera que o Brasil coopere para que um criminoso não fique solto nas ruas. “Ele ajudou matar a minha família e não deve ficar impune”, disse ressaltando que “sabe que o acusado é intocável e que não será enviado de volta”.

As autoridades norte-americanas encontraram poucas brechas na política brasileira que possibilite esta extradição. A tese que eles defenderão diante do governo do Brasil é que neste crime tanto os culpados quanto as vítimas eram brasileiras.

Klein disse que o pedido deverá ser redigido com um apelo longo e detalhado e tanto o Departamento de Estado e de Justiça dos EUA deverão se envolver. Países como o México, que também proibi a extradição de seus cidadãos, aceita extraditá-los baseado em argumentos convincentes.

Fonte: (avozdoimigrante.wordpress.com - Luciano Sodré)

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