Latrance Battle, de 52 anos, usava camisa com a sigla ICE e um rádio portátil; vítima foi enganada e sequestrada por temer deportação
Uma mulher de 52 anos foi presa na Flórida após se passar por agente do Departamento de Imigração dos Estados Unidos (ICE, sigça em inglês) e sequestrar, ainda que brevemente, a esposa de seu ex-namorado em frente ao local de trabalho dela. As informações são do Escritório do Xerife do Condado de Bay.
Identificada como Latrance Battle, a suspeita apareceu no hotel onde a vítima trabalha no dia 10 de abril, usando uma camiseta preta com a inscrição “ICE” e portando um rádio portátil. Segundo as autoridades, ela também mostrou um cartão de visita do xerife e ordenou que a mulher a acompanhasse.
“Com medo, a vítima entrou voluntariamente no veículo com Latrance”, diz um comunicado do escritório do xerife. Em processo de legalização de sua residência nos Estados Unidos, ela afirmou ter acreditado que estava sendo detida por uma agente federal.
Durante o trajeto, a suspeita utilizava o rádio portátil, reforçando a ilusão de autenticidade. No entanto, o comportamento suspeito de Battle levantou dúvidas quando ela levou a vítima para o complexo de apartamentos Bridge Plaza, alegando que outros agentes do ICE estariam presentes no local.
“A vítima estranhou a situação porque havia sido informada de que seriam levadas ao escritório do xerife”, informou a polícia. Quando Battle entrou no prédio, a mulher fugiu, escondeu-se atrás do carro de um vizinho e chamou a polícia.
A vítima relatou que Battle havia tomado seu celular à força após ela tentar ligar para o marido e o advogado. Foi o vizinho quem deu abrigo à mulher até a chegada dos policiais. Ela então conseguiu contato com o marido, que reconheceu a descrição da sequestradora como sendo sua ex-namorada — a mesma que o havia agredido dois anos antes, fato que resultou em uma ordem de restrição contra ela.
Latrance Battle foi localizada pelas autoridades a caminho do Alabama e presa. Ela enfrenta acusações de sequestro com agravante de crime, roubo por subtração súbita, falsidade ideológica ao se passar por agente da lei e violação de liberdade condicional.
As autoridades seguem investigando o caso.