Publicado em 20/04/2009 as 12:00am
Marido de grávida assassinada chega a delegacia para depor
Enfermeira foi morta durante assalto no subúrbio do Rio. Polícia realizou operação para tentar localizar suspeitos.
O marido da efermeira Leslie Lima, morta durante um assalto em Maria da Graça, no subúrbio do Rio, Anderson Pinheiro Lopes, chegou por volta das 15h40 à 44ª DP (Inhaúma) para prestar depoimento. A vítima, de 33 anos, estava na 28ª semana de gravidez.
Anderson já declarou para a polícia que não tem condições de fazer um retrato falado porque estava com a cabeça baixa no momento do assalto. Mas conseguiu descrever o suspeito como um homem pardo de 18 anos, aproximadamente, e estatura mediana. Os policiais têm esperança de que no depoimento formal ele lembre de mais algum detalhe que ajude nas investigações.
“Por enquanto sabemos que foram quatro elementos (criminosos) em duas motos. Por algum motivo, a vítima teve dificuldade de sair do carro, por dificuldade de tirar o cinto de segurança que prendeu, ou por outra razão, e levou um tiro de forma covarde”, disse o delegado Carlos Eduardo Almeida, que investiga o caso, confirmando que a região é perigosa com alto índice de ocorrência de roubos.
A Polícia Militar realizou na manhã desta segunda-feira (20) uma operação na Favela do Jacarezinho, no subúrbio da cidade, para tentar encontrar os envolvidos no assassinato da enfermeira. Os suspeitos não foram localizados.Morte durante assalto
Anderson Pinheiro Lopes, marido da vítima, contou que saiu imediatamente do carro, mas Leslie ficou nervosa e se atrapalhou ao tentar tirar o cinto de segurança. Ele acha que o criminoso atirou por causa disso.
Sua filha Juliana nasceu com 1,6 quilo e foi internada na UTI neonatal da Maternidade Carmela Dutra, no Lins. Os médicos disseram que ela está em observação, mas passa bem. Não há previsão de alta.
Enterro
O enterro da enfermeira foi marcado pela emoção dos parentes. Leslie Lima estava grávida de seis meses e já programava um chá para comemorar a chegada do bebê, uma menina.
“Nós íamos marcar para maio. A gente fica abismada e em estado de choque. Nós víamos acontecer com as outras pessoas e achávamos que não ia acontecer com a gente. Agora não. Agora, a gente fica com medo”, lamenta uma jovem que não quis se identificar.
Fonte: (G1