Publicado em 20/09/2013 as 12:00am
Propostas sobre violência contra mulher não avançam e dependem de ajustes
Propostas sobre violência contra mulher não avançam e dependem de ajustes
A relatora da matéria, senadora Ana Rita (PT-ES), disse que qualificar esse tipo de homicídio não vai garantir que o crime seja evitado, mas “tem como objetivo dar visibilidade ao crime cometido contra a mulher”.
Pela proposta, além de estabelecer que o feminicídio é homicídio resultante de violência contra a mulher, com pena de 12 a 30 anos de reclusão, a relatora incluiu o crime na relação de atos hediondos. O texto ainda prevê que as circunstâncias que podem tipificar o feminicídio são a violência doméstica e familiar, a violência sexual, a mutilação ou desfiguração da vítima e a tortura ou qualquer meio cruel ou degradante contra a mulher.
Apesar de aplaudida no colegiado, alguns senadores defenderam que a medida tem que ser incluída na pauta da comissão especial de reforma do Código Penal.
Além de aguardar a análise dos parlamentares, a senadora Ana Rita disse que vai se debruçar sobre a proposta que criaria um Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, que foi rejeitada pelo colegiado. Os senadores lembraram que o Legislativo não pode criar uma obrigação para o Poder Executivo e o fundo não poderia ser composto pelas dotações orçamentárias da União, dos estados e dos municípios.
Ana Rita disse que vai revisar os problemas e reapresentar a proposta ao Congresso.
Fonte: www.uol.com