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Publicado em 27/08/2018 as 11:00am

Brasileiro que serve o Exército dos EUA é acusado de estupro no Brasil

Nas redes sociais, Lucas Carvalho Rollo, 24 anos, aparenta levar uma vida normal nos Estados...

Brasileiro que serve o Exército dos EUA é acusado de estupro no Brasil Lucas Rollo com uniforme das forças armadas dos EUA.

Nas redes sociais, Lucas Carvalho Rollo, 24 anos, aparenta levar uma vida normal nos Estados Unidos. Ele se apresenta como soldado do Exército americano e posta fotos uniformizado. Além disso, gosta de festas de música eletrônica e compartilha tudo na web. Enquanto o jovem desfruta de sua liberdade no exterior, porém, uma família brasileira aguarda justiça. Lucas foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelo do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por estupro de vulnerável, cometido em 2014. A Corte concluiu que ele tentou abusar de uma criança de seis anos. O nome de Lucas foi incluído na lista de procurados da Interpol.

O mandado de prisão foi expedido em agosto passado. Lucas nasceu em Florianópolis (SC), mas possui cidadania americana por ser filho adotivo de uma brasileira com um americano. Contudo, ele voltou ao País no fim de 2013. Na época, morava na casa de um familiar dos pais adotivos no DF. Na residência em Vicente Pires, ele passou a conviver com a vítima.

A mãe da criança relata que na época ninguém desconfiava de nada. “Eu estava enfrentando uma depressão e fiquei internada por um tempo. Meu marido trabalha como motorista, então não tinha ninguém para ficar com a minha filha durante a jornada dele. Por isso, a tia do meu esposo e falou que poderia cuidar dela até que eu melhorasse”, relata. Foi aí que Lucas, na época com 20 anos, e a vítima passaram a conviver.

Dia do crime

No começo, tudo parecia normal. Entretanto, no dia 2 de fevereiro de 2014, um comportamento estranho da menina chamou a atenção do pai. “Por causa de um churrasco da família, a tia do meu esposo e as outras pessoas da casa saíram e só ficaram ele, minha filha e Lucas”, explica a mãe. O pai ficou no andar de baixo assistindo a uma partida de futebol e a criança subiu para brincar com Lucas. Até este dia, ninguém suspeitava de nenhuma atitude estranha do rapaz.

Em um determinado momento, a menina desceu as escadas e disse ao pai que queria tomar banho. “Meu esposo respondeu que ainda não era a hora, mas ela insistiu. No terceiro pedido, ele a perguntou por que queria tanto tomar banho. Ela respondeu que estava sangrando. Meu marido ficou desesperado e perguntou o motivo. Ela contou que Lucas estava em cima dela e que tinha passado um gel nas partes íntimas dela”, relembra a mãe.

O pai, então, foi ao andar de cima, onde Lucas estava tomando banho, e pediu que abrisse a porta. “Lucas recusou. Então, meu marido disse que iria arrombar a porta de qualquer jeito. Lucas abriu e os dois entraram em luta corporal”, conta. O homem, então, teria ligado para a tia, “antes que algo pior acontecesse”. O caso foi parar na 38ª DP, onde um boletim de ocorrência foi registrado.

Perícia confirma material genético

Ao longo da investigação criminal, foram analisados o short, calcinha e camiseta da vítima, além do lençol do quarto. A perícia constatou nas amostras a presença do sangue, líquido seminal (parte do sêmen sem espermatozoides) e material genético de Lucas. Exame de corpo de delito concluiu que o hímen dela não foi rompido.

O rapaz chegou a ser preso. Porém, conseguiu habeas corpus para responder ao processo em liberdade. A advogada de Lucas na época, Cláudia Tereza, conta que o rapaz foi absolvido em primeira instância pela 2ª Vara Criminal de Taguatinga. Assim, ele recuperou o passaporte e deixou o Brasil.

Todavia, o Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) recorreu da decisão e o jovem foi condenado em segunda instância ainda em 2016. “Foi quando ele saiu do País. Eu falava sobre o andamento do processo com a família dele que está aqui em Brasília. Recorremos ao STJ [Superior Tribunal de Justiça], mas os ministros mantiveram a condenação. Depois disso, não tive mais contato”, diz a advogada. Este foi o único contato obtido pelo JBr com a defesa do condenado.

Fonte: Redação - Brazilian Times

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