Brasileiro que saiu do Brasil de bicicleta chega ao Alabama

Há aproximadamente um ano e meio, o maranhense de São Luís, Guilherme Valadão, 30 anos, iniciou a maior aventura de sua vida. Ele quer atravessar as “Américas” de bicicleta. E desde então vem pedalando, passando de país a país. Até o momento ele já percorreu mais de 15 mil quilômetros. No sábado, dia 26, ele registrou em suas redes sociais que estava no estado do Alabama e seguiria para a Geórgia.

Valadão, que trabalha como Engenheiro de Produção, já percorreu 12 países e ficou admirado com as culturas que conheceu. Pelo fato de estar viajando de bicicleta, o contato dele com as pessoas se torna ainda mais próximo, fazendo com que ele realmente se integre às comunidades por onde passa.

Ele aproveitou o alcance das redes sociais para manter contato com brasileiros e outras pessoas que moram nos países por onde ele passou e assim, recebia sugestão de locais para visitar, pontos turísticos e até orientações.

Ele disse que iniciou esta viagem porque não estava satisfeito com a rotina do seu dia a dia e queria fazer algo diferente. A ideia era sair da zona de conforto e inspirou-se no livro “Homem livre”, de Danilo Perroti, onde o escritor narra sua aventura de bicicleta que três anos e três meses, passando por 57 países.

Valadão passou meses pensando em realizar a mesma façanha e em setembro de 2018 ele avisou ao chefe que não voltaria mais ao trabalho, em Feira de Santana (Bahia). Depois disso ele voltou para sua cidade natal e comprou uma bicicleta. A partir daí começou a pesquisar, ver mapas e se preparar.

No mês de abril de 2019 ele começou a viagem que se divide entre pedaladas e momentos que ele precisa empurrar a bicicleta por restar exausto. Mas ele destaca o carinho e receptividade das pessoas por onde passou. O maranhense fala que parava em casas pelo caminho para pedir água e era surpreendido com convites para almoçar. “Um povo hospitaleiro e extremamente amável cruzou o meu caminho”, disse. “As pessoas querem saber a nossa história, o que enfrentamos pelo caminho e como tudo começou”, acrescentou.

Valadão tinha como objetivo chegar ao Alaska, mas devido à pandemia do novo coronavírus, ele foi obrigado a parar por alguns dias e isso gerou uma alteração na rota. De acordo com ele, agora, quando chegar ao extremo norte do país, vai encontrar pela frente um clima frio e muita neve o que dificultaria as pedaladas. Por isso ele decidiu seguir para New York e de lá vai até Toronto, no Canadá.

Mas deixou claro que o trajeto pode mudar no meio do caminho, pois se encontrar oportunidade para ir a outros continentes ele não vai desperdiçar. “Quero muito ir à Europa, Ásia ou África”, afirmou. “Estou vivendo um dia após o outro e não posso afirmar o que farei amanhã”, afirmou. “A única coisa que sei é que quero continuar”, continuou.

Agora, seguindo para a Geórgia, ele já entrou em grupos de brasileiros que vivem em seu estado para pedir orientações e dicas por onde passar. Logo que compartilhou sua história, várias pessoas ofereceram ajuda e até um lugar para ele repousar. “O carinho que encontro pelo caminho é que me dá forças para seguir”, destacou.

MELHORES MOMENTOS

Valadão destacou que uma de seus melhores momentos foi ter passado pela Venezuela. A maioria de seus amigos falavam para ele não ir a este país e que seria morto ou teria minha bicicleta roubada, devido a crise que a região enfrentava. O mesmo falavam da Nicarágua. “Fui surpreendido e quebrei preconceitos” fala ressaltando que foram os dois países que ele mais gostou.

Ele afirmou que na Venezuela conheceu as melhores pessoas, que queriam ajudá-lo e realmente mostravam interesse e preocupação para que sua viagem corresse bem.

Outro momento importante que Valadão destaca é sua passagem pelo Texas, onde uma família o tratou extremamente bem. Ele relata que foi muito bem tratado e que mais uma vez, “quebrou preconceitos” e viu uma família de texanos hospitaleira e amorosa para com ele.

REDE SOCIAL

Para acompanhar a viagem de Valadão e ver por onde ele já passou, acesse o link do Instagram: https://bit.ly/3j9E2I6

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Fonte: Redação - Brazilian Times.