Brasileira que se passava por advogada é presa na Flórida

Na segunda-feira, dia 22, a brasileira Roberta Guedes, de 41 anos, foi condenada a cumprir uma pena de quatro anos e meio em uma prisão federal pelo exercício ilegal da profissão. Ela enfrentava um julgamento por ter atuado, sem licença, como advogada na Flórida. O processo começou no final de 2019, quando ela assumiu a fraude.

O juiz Moody Jr., que divulgou a sentença no Tribunal de Tampa, determinou que a brasileira ainda terá que restituir as vítimas. O valor é de US $14,318.00. Ela também terá que se submeter a um tratamento psiquiátrico.

De acordo com os documentos, por vários anos ela se envolveu em um esquema fraudulento e enganou as instituições norte-americanas, se aproveitando da farsa para conseguir dinheiro. O agente especial do Departamento de Investigação Interna (HSI, sigla em inglês), Hector Colon acrescentou que “graças à agência, com o apoio do Departamento de Serviços de Cidadania e Imigração (USCIS, sigla em inglês) e a polícia local, ela será responsabilizada pelos seus atos criminosos”.

O diretor do USCIS, Michael Borgen, disse que “as ações da acusada prejudicaram as vítimas que pensavam estar nas mãos de uma profissional”. Ele acrescentou que a agência fica em identificar e acabar com esquemas fraudulentos de imigração e evitar que pessoas se tornem vítimas.

Os registros mostram que no ano de 2014, a brasileira graduou-se em Direito pela Stetson University College of Law, em Tampa. Mas ela reprovou duas vezes no exame do Flórida Bar, semelhante à Ordem dos Advogados do Brasil.

Devido a isso ela não tem licença para exercer a advocacia. O crime começou a partir daí. Roberta decidiu falsificar os documentos de uma colega de faculdade que passou no teste. A brasileira usou o nome, Social Security e outros dados para abrir contas em banco e conseguir uma linha de crédito.

Ela também abriu uma empresa com os documentos falsificados e começou a trabalhar como advogada e o esquema foi descoberto em 2018 quando ela foi ao tribunal de Hillsborough para tratar de um caso de violência doméstica de um cliente.

Na ocasião, o juiz, Frances Perrone, solicitou uma verificação nos registros da advogada e não foi encontrado nada. Diante disso, uma investigação foi iniciada pelo escritório de advocacia que ela representava.

Em pouco tempo foi descoberto que ela não era advogada e utilizava documentos falsos. Roberta Guedes foi condenada pelos crimes de fraude postal, roubo de identidade agravado.

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Fonte: Redação Brazilian Times