Cônsul do Brasil em Boston explica fechamento do consulado e decreto que impede entrada no Brasil de passageiros sem teste de Covid-19

No sábado, dia 02, o Cônsul-geral do Brasil em Boston (Massachusetts), Benedicto Fonseca Filho, participou de uma entrevista para o programa Estação Mulher, apresentado por Heloísa Galvão e transmitido pela emissora de rádio 1360 AM. Ele falou sobre assuntos ligados ao consulado e o recente decreto do Governo Brasil sobre restrições de viagem para quem vai entrar no país.

Primeiro, o Cônsul confirmou que o consulado está fechado devido a alguns funcionários terem testados positivos para a Covid-19. “O fechamento segue as regras e determinações das autoridades locais de saúde, bem como as orientações dadas pelo Itamaraty”, disse ele, em um bate-papo descontraído e buscando responder a todas as perguntas.

O Cônsul destacou que apesar do fechamento, o consulado manteve o trabalho interno e atendimento para casos emergenciais. “Nunca paramos. Apenas fechamos para proteger as pessoas, pois os funcionários que testaram positivo tiveram contato com o público e não queremos que isso aconteça de novo”, explicou.

O diplomata acrescentou que pretende reabrir o consulado para atendimento direto ao público ainda esta semana. “Mas continuaremos a seguir as determinações e restrições impostas pelas autoridades para evitar a propagação do vírus”, afirmou.

RESTRIÇÕES DE VIAGENS

Em relação ao decreto, que entrou em vigor no dia 30 de dezembro, determinado pelo governo brasileiro sobre impedir a entrada no Brasil de quem não tenha teste de Covid-19, o Cônsul explicou que todos os governos adotam medidas que acham importante para proteger o país, bem como a sua população. “Com estas restrições, o objetivo é tentar conter a disseminação do vírus e impedir que mais pessoas sejam infectadas”, disse.

Ele explicou que as pessoas confundiram testes de Covid com vacinação e isso gerou uma grande polêmica. “O governo não pode exigir que a pessoa tenha sido vacinada para entra no Brasil, pois a vacinação geral ainda não foi disponibilizada em nenhum país”, disse. “O que é exigido é que o viajante tenha feito um teste para a doença há no máximo 72 horas antes do embarque e que tenha dado negativo”, continuou.

O diplomata entende que no começo o decreto vai gerar um grande transtorno, pois as pessoas precisam receber mais informações e entender estas restrições. “Fiquei sabendo de brasileiros impedidos de embarcar para o Brasil de aeroportos de New York e outros locais do mundo. Tudo porque eles desconheciam a nova medida”, disse acrescentando que é preciso que as os brasileiros busquem mais informações para evitar problemas assim no futuro.

Além do teste, o passageiro deve apresentar uma “Declaração de Saúde do Viajante” que pode ser obtida no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ela serve como um diagnóstico, onde que a preenche responde a um formulário que serve como rastreamento.

Outro ponto abordado pelo Cônsul foi em relação aos brasileiros reclamarem que as autoridades brasileiras estavam barrando seus cidadãos de entrar no país. Ele esclareceu isso se trata de saúde pública e a determinação cabe a todas as pessoas. “Foi uma maneira que as autoridades que encontrou de ajudar no combate à propagação do vírus”, disse.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.