Publicado em 8/03/2022 as 12:30pm
Educação: como dois anos de pandemia afetaram os vestibulares ao redor do país?
Daqui há alguns meses a pandemia de coronavírus estará fazendo aniversário de dois anos...
Daqui há alguns meses a pandemia de coronavírus estará fazendo aniversário de dois anos desde sua chegada e avanço em escala global, em meados dos meses de abril e maio de 2020.
Neste meio tempo, a pandemia de coronavírus teve impactos diretos e indiretos em escalas inimagináveis, que mudaram de acordo com condições geográficas, sociais, econômicas e culturais.
Por exemplo, o combate ao avanço da pandemia de COVID-19 em países como a Nova Zelândia foi extremamente efetivo, diferentemente de como ocorreu em países como o Brasil, como a Índia e diversos outros.
Essa realidade local de cada país fez com que a pandemia tivesse efeitos bem característicos e específicos que mudaram de país para país.
O Brasil, por exemplo, teve sua educação severamente afetada devido principalmente ao fechamento das escolas, que foi acompanhado de fenômenos como a evasão escolar.
Quando pensamos no fechamento de escolas e no impacto que a pandemia teve na educação, certamente estamos discutindo possíveis temas para redação em 2022 e possíveis temas de projetos de pós-graduação, que têm como meta aferir este quadro.
Além disso, o início de 2022 foi marcado, assim como todo início de ano, pelas listas de aprovação no vestibular de diversas instituições de ensino superior. Certamente, os maiores impactos na educação foram vistos pelos vestibulandos. Mas quais foram eles?
A insegurança em relação ao vestibular
Novamente, quando falamos sobre a questão de saúde mental, assim como o fechamento das escolas, certamente estamos nos referindo a um dos possíveis temas de redação para o ano de 2022 e um dos assuntos que mais serão discutidos no âmbito educacional.
Isso ocorre pois a pandemia trouxe consigo uma carga muito pesada sobre a saúde mental da população, de modo que atualmente, transtornos como a ansiedade, a síndrome do pânico e a sensação de incerteza são corriqueiros nos consultórios psicológicos.
Este é justamente um dos problemas os quais os vestibulandos mais se queixaram durante este período, a saúde mental e a carga psicológica durante a pandemia.
Diversos fatores contribuíram para este aumento na carga mental da população, podemos citar dentre eles alguns como:
→ Mudanças drásticas na rotina
→ Adaptações a novas realidades
→ Insegurança sobre o futuro
→ Falta de contato social
→ Notícias e o quadro sanitário
Além disso, a maior parte dos vestibulares e das escolas sofreram alterações drásticas em sua programação. No caso das escolas, vimos a adesão do formato remoto de aulas, enquanto vimos também vestibulares sendo adiados vez após vez.
Ainda, o cronograma das universidades foi diretamente afetado pela pandemia, também, representando possíveis mudanças e adaptações no calendário dos vestibulandos.
Desigualdade social e a acessibilidade à Internet
É inegável que os maiores impactos da pandemia foram sofridos e experienciados pela população de baixa renda e mais vulnerável em termos socioeconômicos.
Dentre estes impactos, um dos mais notáveis foi a questão da acessibilidade ao ensino remoto e, consequentemente, a evasão escolar.
Diversos alunos e famílias de baixa renda não tiveram e ainda não têm condições de ter acesso ao ensino remoto, devido às mais variadas adversidades, como:
1- Emprego
2 - Problemas com conexão
3 - Falta de equipamentos adequados
A evasão escolar que já é um problema crônico e característico do ensino público, principalmente nos estados e municípios mais vulneráveis do país, se intensificou de maneira absurda durante a pandemia e o ensino remoto.
A falta de contato humano e o comprometimento do aprendizado
Há também um problema relacionado à educação, que veio junto com a pandemia, que atinge tanto professores quanto alunos. A falta de contato presencial entre educador e educando compromete o ensino e o aprendizado dos alunos.
Isso ocorre pois muitas vezes as aulas são gravadas e, principalmente, porque o ambiente de ensino não contribui para o aprendizado.
Estes fatores fazem com que os alunos tirem menos dúvidas, participem menos das aulas e sintam-se mais acanhados a participar da aula por conta de interferências externas, como barulhos que podem ser transmitidos pelo microfone.
Portanto, na vida dos vestibulandos, que estão em um momento delicado de enfrentamento de um grande desafio, a pandemia veio para tornar este desafio um pouco mais severo. Sobretudo, como dito anteriormente, com alunos das classes mais vulneráveis.
No entanto, o avanço das campanhas de vacinação faz com que estejamos presenciando o retorno às aulas presenciais, juntamente com a elaboração de medidas de combate à evasão escolar e que promovam a integração e a acessibilidade aos alunos.