Publicado em 7/04/2023 as 12:00pm
Família de modelo alagoana morta na Califórnia questiona versões de namorado e da polícia
Gleise morava com seu ex-companheiro, um militar da Marinha dos Estados Unidos, mesmo o casal tendo rompido o relacionamento há vários meses. As autoridades locais revelaram mais alguns detalhes deste dia fatídico.
A modelo brasileira Gleise Graciela Firmiano, de 30 anos, foi morta a tiros pela polícia em uma floresta da Califórnia depois que seu ex-namorado chamou as autoridades para relatar uma briga. De acordo com as informações ela foi baleada no dia 30 de janeiro no condado de San Bernardino.
Gleise morava com seu ex-companheiro, um militar da Marinha dos Estados Unidos, mesmo o casal tendo rompido o relacionamento há vários meses. As autoridades locais revelaram mais alguns detalhes deste dia fatídico. O ex-namorado teria ligado para a polícia para relatar que eles haviam brigado e ela saiu de casa com uma arma e o cachorro do casal.
A polícia rastreou o carro de Gleise na Maple Hill Trails e a encontrou ao lado de uma árvore com seu cachorro. Quando os policiais se aproximaram, ela colocou a mão na arma e imediatamente os oficiais abriram fogo, segundo a polícia.
Um porta-voz do Departamento do Xerife do Condado de San Bernardino disse: “As medidas para salvar vidas foram imediatamente administradas pelos delegados e a ajuda médica respondeu e, apesar de todos os esforços, a suspeita foi declarada morto no local”.
Hoje, mais de dois meses, Cleane Ferreira, irmã de Gleise, questionou uma suposta versão apresentada recentemente pelo namorado da modelo e por policiais norte-americanos.
“O Daniel (namorado) me disse que dois dos três policiais envolvidos na morte da modelo teriam morrido em um tiroteio recentemente. Além disso, o outro oficial, que teria disparado contra Gleise, teria sofrido um acidente e estaria em estado grave”, disse.
Ela fez estas e outras revelações durante uma entrevista ao podcast Face2Face, publicado nessa segunda-feira, 4, no YouTube. "Daniel me mandou uma mensagem, que me deixou muito suspeita, ele não sabia quem eram os policiais, não sabe nada dos policias, mas quando viu que eu comecei realmente a mexer nas coisas para entender, ele me mandou uma mensagem dizendo que tinha acontecido uma coisa que talvez eu ia gostar.
Um dos policiais envolvidos na morte da minha irmã, talvez o atirador, tinha se envolvido em um acidente e estava muito mal no hospital, talvez não resistisse e morresse. Primeiro ele não sabe quem é a pessoa, agora ele já sabe quem é o atirador. E os outros dois policiais, que possivelmente era um motorista e o outro que talvez tivesse atirado nela, tinham se envolvido em um tiroteio e estavam mortos", afirmou.
"A gente ficou sabendo que ela foi assassinada dia 30 de janeiro, mas que as autoridades americanas só entraram em contato com a família aqui no Brasil dez dias depois. É uma história que está muito complicada, muito difícil da gente entender. Porque dez dias depois é muito tempo para as autoridades tentarem localizar a família de uma pessoa que os próprios assassinaram. Tinham documentos com ela, o passaporte, eles tinham o nome completo, sabiam o estado de onde ela era", acrescentou.
Ao longo da entrevista, que durou quase 50 minutos, Cleane contou que não sabia se Graciela e Daniel estavam ou não rompidos no relacionamento.
Ainda durante a entrevista, Cleane revelou que ainda não sabe qual o paradeiro de pertences da irmã, como o notebook e o celular. Ela foi informada pelas autoridades americanas que os objetos pessoais recolhidos junto ao corpo de Graciela no dia da morte seriam enviados ao endereço da família no Brasil, mas já se passaram 30 dias e nada chegou para a família. Ao mesmo tempo, ela tenta obter mais informações de Daniel.