Publicado em 15/07/2024 as 10:00am
Brasileiro condenado por homicídio no Mato Grosso planeijava fugir para Massachusetts, diz polícia
Ângela Rocha Pereira foi encontrada sem vida por um catador de recicláveis no lixão da cidade, já em avançado estado de decomposição e parcialmente queimada.
Após um longo processo judicial, Abinadab Costa Morais foi condenado a 20 anos e 2 meses de prisão em regime fechado pelo homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Ângela Rocha Pereira, de 23 anos. O crime hediondo ocorreu em abril de 2022 na cidade de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, chocando a comunidade local e gerando revolta nacional.
Ângela Rocha Pereira foi encontrada sem vida por um catador de recicláveis no lixão da cidade, já em avançado estado de decomposição e parcialmente queimada. A brutalidade do crime, cometido na frente da filha do casal, de apenas dois anos, deixou marcas indeléveis na memória da comunidade.
Durante o julgamento, que ocorreu sob intensa comoção popular, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) argumentou com veemência pela condenação de Abinadab por feminicídio e por crime cometido com extrema crueldade. Os jurados entenderam que o réu não só ceifou a vida de Ângela de maneira brutal, mas também tentou ocultar o crime de forma premeditada, queimando seu corpo no lixão da cidade.
Além das provas contundentes apresentadas pelo MPMT, como as marcas de faca no corpo da vítima e as manchas de sangue encontradas no teto do quarto do casal, o réu tentou fugir após o crime, levando consigo a filha pequena. Sua tentativa de fuga foi frustrada cinco dias após o homicídio, quando foi localizado escondido em um posto de combustível próximo ao local onde tentava embarcar para Boston, Massachusetts, com a ajuda de um irmão e um líder religioso residentes no estado norte-americano.
A sentença proferida pelo juiz determina que Abinadab Costa Morais cumpra sua pena integralmente em regime fechado, sem possibilidade de recorrer em liberdade. A comunidade de Colniza, que se uniu em apoio à família da vítima durante todo o processo, vê na decisão judicial um passo importante para a justiça e para a memória de Ângela Rocha Pereira.