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Publicado em 1/09/2024 as 1:00pm

Republicanos nos EUA reagem ao bloqueio do X (ex-Twitter) no Brasil e criticam ministro brasileiro

Da redação A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil de bloquear a rede social...

Da redação

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil de bloquear a rede social X, anteriormente conhecida como Twitter, tem gerado um forte eco político nos Estados Unidos, com figuras proeminentes do Partido Republicano expressando críticas contundentes e sugerindo ações punitivas contra o governo brasileiro.

Na última sexta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão da plataforma X, que começou a ser efetivada na madrugada do dia seguinte. A decisão, que também incluiu o congelamento de contas associadas à Starlink, uma empresa de satélites, foi motivada por alegações de que a rede social estava sendo usada para disseminar desinformação e incitar atos anti-democráticos no Brasil.

Entre as reações mais destacadas está a de Donald Trump Jr., filho do ex-presidente Donald Trump e influente conselheiro político republicano. Em uma publicação no X, Trump Jr. alertou sobre o potencial impacto da decisão brasileira, afirmando: “Então estamos claros… Este é o caminho para o qual os democratas querem levar a América. Uma vez que se foi, não há como voltar.” A declaração de Trump Jr. reflete uma preocupação de que as ações do Brasil possam representar um modelo de repressão à liberdade de expressão que poderia influenciar a política nos EUA.

George Santos, ex-deputado republicano com raízes brasileiras e recentemente condenado por crimes que levaram à cassação de seu mandato, também fez declarações contundentes. Em seu perfil no X, Santos qualificou a decisão como um “crime humanitário” e sugeriu uma série de medidas retaliatórias, incluindo sanções e a suspensão de relações diplomáticas. “Sanções. Restrições para seus diplomatas. A suspensão do visto do juiz corrupto Alexandre de Moraes. Suspensão de toda a ajuda. Término de todas as relações diplomáticas até que o juiz seja afastado! Isso é um começo”, escreveu ele.

O senador Mike Lee, de Utah, foi um dos políticos americanos que mais se engajou publicamente sobre o caso. Lee traçou um paralelo entre a situação atual e o poder romano, argumentando que o Brasil estava agindo contra interesses americanos de maneira mesquinha. Em uma de suas publicações, Lee afirmou: “No auge do Império Romano, ninguém ousava mexer com um cidadão romano, em qualquer lugar do mundo, porque Roma cuidava dos seus, trazendo justiça a qualquer um que tivesse sido injustiçado no exterior.” O senador também incentivou seus seguidores a compartilhar suas opiniões sobre o assunto, pedindo: “Por favor, compartilhe se você concorda que o Brasil deve enfrentar consequências por apreender ativos americanos e fechar o X — tudo para suprimir a liberdade de expressão.”

A reação republicana sublinha a tensão crescente entre os EUA e o Brasil, refletindo preocupações sobre a liberdade de expressão e as implicações das políticas internacionais em uma era digital. Com a situação em constante evolução, resta ver como essas críticas podem influenciar as relações diplomáticas entre os dois países e se novas ações serão tomadas em resposta às recentes decisões brasileiras.

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