Publicado em 4/01/2016 as 12:00am
Deportado reentra nos EUA e, embriagado, provoca acidente
Efrain Lopez Contreras foi deportado dos EUA e, após reentrar no país, provocou um acidente ao dirigir alcoolizado na véspera de Natal, em Clarkson (NY)
O Departamento de Imigração (ICE) apresentou uma ordem de detenção em nome de Efrain Lopez Contreras, de 29 anos, acusado de ter provocado um acidente de carro na véspera de Natal na Redman Road, em Clarkson (NY). O imigrante indocumentado é acusado de agressão veicular em 1º grau e dirigir intoxicado, depois que o jipe que ele conduzia colidiu de frente com outro jipe. O escritório do xerife do Condado de Monroe informou que o veículo dirigido por Efrain cruzou a faixa central da pista e chocou-se de frente contra o Ford Explorer dirigido por Tony Bartolucci, que tinha sua filha adolescente, Gianna, também no assento dianteiro. Ambos sofreram ferimentos graves e foram levados ao Strong Memorial Hospital.
O jipe atingido pegou fogo após a colisão, mas moradores de duas casas vizinhas ao acidente conseguiram tirar a tempo os dois ocupantes do veículo. Contreras foi encontrado pela polícia, escondido numa vala no acostamento da estrada. O escritório do xerife detalhou que Efrain estava indocumentado nos EUA e que morava em Batavia (NY), depois de ter sido deportado e reentrado no país. Especula-se que, após a deportação dos EUA, ele tenha atravessado clandestinamente a fronteira.
Em 2014, políticos e eleitores concordavam que uma reforma migratória ampla deveria enfatizar o aumento da segurança na fronteira, entretanto, o projeto de lei não foi aprovado na Câmara dos Deputados.
O incidente gerou polêmica e fez com que muitos nova-iorquinos avaliassem porque Contreras retornou aos EUA, enquanto outros imigrantes pedem paciência. John Gertner, que representa a Grande Coalisão de Rochester pela Imigração, alerta para o uso do acidente na tomada de decisões que também prejudicariam trabalhadores imigrantes responsáveis.
“Porque ele é hispânico, não podemos dizer que todos os hispânicos são ruins, não podemos dizer que todos os hispânicos estão intoxicados nas estradas”, acrescentou. “Essa é uma situação triste para aquela família, entretanto, quando você fala sobre essa pessoa que causou esse acidente, você não pode generalizar toda uma população”.
Fonte: BV