Publicado em 25/10/2019 as 5:00pm
Brasileira expõe em Londres e Medellín com obra de inovação sobre transculturalidade em NY
A artista brasileira Cândida Borges teve sua obra artística em exposição esta semana...
A artista brasileira Cândida Borges teve sua obra artística em exposição esta semana simultaneamente em Londres, na Inglaterra, e em Medellín, na Colômbia, na Conferência DRHA (Digital Research in Humanities Arts) e na 13ª Fiesta del Libro y la Cultura, principal evento de artes Colombiano.
A obra “Transeuntis Mundi” é uma instalação artística imersiva que combina realidade virtual, performance, instalação de vídeo e som, em co-autoria com o colombiano Dr. Gabriel Mario Vélez. Seu tema contempla pesquisas sobre imigração, identidade e legado cultural humano e tem New York como a principal cidade da instalação, além de contemplar outras 6 cidades como Rio de Janeiro, Bogotá e Londres. Já passaram mais de 2500 visitantes nesta semana pela exposição em Medellín, e a obra começa uma turnê que inclui Bogotá, Rio de Janeiro e Plymouth (UK). Este trabalho integra sua tese de doutorado em curso na Universidade de Plymouth, Inglaterra.
SOBRE A OBRA
A ideia do projeto se originou na obra de 2005, do artista fotógrafo e pesquisador colombiano Dr. Gabriel Mário Velez, “Transeuntes Medellín”, cujo ponto inicial foi um arquivo com mais de 600 mil imagens da prática endêmica conhecida como “Fotocinería”. Essas imagens, em negativos de 35mm, cujas condições de realização e momento histórico correspondem a um período entre 1950 e 1980, retratam pedestres e ruas do centro de Medellín. A partir delas, foram geradas as obras das artes visuais e performance. Esse primeiro projeto se ramificou em diversas outras obras, instalações, artigos, conferências, exibições e apresentações em várias cidades do mundo e, mais recentemente, inspirou Cândida Borges a criar “Transeuntis Mundi”.
Segundo a musicista brasileira, por conceito, “essa investigação aborda a memória genética dada pela transumância do ser humano, através da geografia e dos tempos, como material de composição sonora/imagética/performativa, com especial foco nos aspectos culturais consequentes das diásporas que alcançaram as Américas”.
A metodologia escolhida por Cândida Borges foi a pesquisa de campo em cidades transculturais, com imagens e sons de transeuntes de diversas partes do mundo. A partir desse material, obras de instalação, realidade virtual, vídeos, fotografias, paisagens sonoras, composições musicais e performance são criadas, e levam o observador/espectador a uma experiência para além do seu espaço e tempo real, num ambiente virtual criado no espaço das exposições. “Trata-se da combinação de conhecimento, inovação e poesia, para o qual nos valemos de uma plataforma tecnológica transdisciplinar de ponta, capaz de gerar um conjunto de obras sustentadas pelos recursos da investigação artística”, explica a artista.
OS CRIADORES
Cândida é um dos principais pesquisadores brasileiros em evidência no meio acadêmico e artístico internacional. Radicada em Nova York desde 2013, e se define com origens na Bahia e Rio de Janeiro. Teve toda sua formação nas universidade públicas brasileiras, e tem seu trabalho reconhecido com prêmios e lançamentos internacionais. Dentre eles, destacamos sua presença na New York Foundation for the Arts e o Prêmio da Fundação Nacional de Artes, mais importante órgão cultural brasileiro, que a trouxe para NYC em 2013. Em 2018, se associou ao pesquisador e artista plástico colombiano Gabriel Mario Vélez para desenvolver essa obra e pesquisa sobre a criação artística e as ciências sociais nos temas relacionados a diáspora, especialmente da América Latina. Ambos são professores e artistas, pesquisadores da Unviersidade de Antioquia (Medellín, Colômbia) e da Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Seus trabalhos podem ser conhecidos em www.candidaborges.com e www.gabrielmariovelez.com.
Conheça a instalação “Transeuntis Mundi” em:
www.transeuntismundi.com
www.facebook.com/transeuntismundi
www.instagram.com/transeuntismundi