Casos de coronavírus explodem em centros de imigração da Louisiana

Dezenas de detentos do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, sigla em inglês) que estão em prisões rurais no estado da Louisiana contraíram o coronavírus no mês passado e pelo menos dois guardas morreram, levantando novas perguntas sobre o que o governo dos Estados Unidos estão fazendo para combater o vírus em sistema prisional.

Embora a Louisiana não seja um estado de fronteira, ele abriga o segundo maior número de detidos pelo ICE. Em abril, essa estatística colidiu com a alta taxa de infecção do estado.

Muitos dos detidos são requerentes de asilo, de todo o mundo, que se entregaram na fronteira em busca de refúgio nos EUA. Outros vivem aqui há anos, mas agora estão trancados e enfrentam deportação.

Embora os detidos na Louisiana sejam frequentemente mantidos em locais convertidos em prisões, a grande maioria não foi condenada por nenhum crime, nem mesmo pequenos delitos, de acordo com a Transactional Records Access Clearinghouse, um projeto de pesquisa da Universidade de Syracuse que analisa os registros dos tribunais federais.

Até sexta-feira, 107 imigrantes testaram positivo para o coronavírus. O ICE não divulgou estatísticas completas sobre os guardas, mas nesta semana, as famílias de dois funcionários em uma instalação privada em Monroe disseram que eles morreram após pegarem COVID-19.

Parentes de Carl Lenard, 62 anos, e Stanton Johnson, 51 anos, disseram que o Centro Correcional Richwood, em Monroe, Louisiana, chegou a impedir que usassem máscaras mesmo com o vírus se espalhando pela instalação.

Lenard morreu em 25 de abril, de acordo com sua família. Ele testou positivo para COVID-19, embora sua causa de morte ainda seja oficialmente indeterminada. Sua viúva, Margarette Lenard, disse que agora também tem a doença e vários parentes têm sintomas do vírus.

Johnson morreu na terça-feira, de acordo com sua mãe Joyce Johnson, que também disse ter testado positivo para COVID-19.
Ambas as famílias acreditam que os homens contraíram o vírus no local de trabalho.

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Fonte: Redação - Brazilian Times.