Grupo de brasileiros em Massachusetts denuncia que empresa não entregou caixas enviadas ao Brasil

O jornal Brazilian Times já relatou vários casos de empresas de mudanças que deixaram centenas de brasileiros prejudicados ao não entregarem caixas enviadas ao Brasil. Este problema já tirou o sono de muitas pessoas, que além de perder dinheiro, perderam bens materiais e produtos de recordação. Pelo que tudo indica, a história vai se repetir.

Nesta semana, a redação deste jornal foi adicionada a um grupo no WhatsApp que reúne 22 membros, a maioria afirma estar tendo problemas com a empresa GE Moving, que tem sede na cidade de Everett. De acordo com as supostas vítimas, elas enviaram caixas a seus familiares no Brasil e nenhuma chegou ao destino. Alguns envios datam de seis meses atrás.

Os clientes afirmaram que quando procuram Geraldo, proprietário da empresa, recebem várias desculpas, tais como “está tudo parado no porto”, “logo as caixas serão liberadas”, “foi para a Espanha”, entre outras. Uma das supostas pessoas prejudicadas disse que o empresário “chegou a fazer ameaças de não entregar as caixas se a história fosse compartilhada nas redes sociais”.

A outra explicação de Geraldo é que tudo parou no porto de Santos, em São Paulo, depois que uma carga com armas de fogo foi barrada. Algumas pessoas dizem que acreditam na história dele, pois a mídia relatou uma operação recente que bloqueou mais de 20 contêineres. O problema é que o empresário não tem atendido os telefonemas e nem fornece uma explicação que acalme o ânimo dos clientes.

“Mas eu o indaguei os motivos dele continuar a coletar caixas já que o porto está parado e ele não me explicou”, disse um cliente identificado por Ninão. “Nesta semana ele esteve em Fall River para coletar caixar de uma amiga minha. Se ele sabia dos problemas no porto e que caixas enviadas por ele há mais de seis meses não chegaram, porque continua com a coleta”, acrescentou Erika, uma das criadoras do grupo.

Na esperança de não perderem seus bens, alguns dos clientes tentam acreditar que as caixas ainda estão em solo norte-americano. Por isso, o grupo planeja acionar a polícia e visitar o depósito da empresa, que fica na cidade de Everett.

Rogério Lima disse que enviou cinco caixas, sendo duas em janeiro e três em fevereiro e nenhuma chegou. “Toda vez que eu ligo, ele não me atende”, disse que a única resposta é para aguardar. “O problema é que quanto mais o tempo passar, a taxa para liberação fica mais cara e ele não conseguirá pagar”, continuou.

Um dos clientes pediu o dinheiro de volta, tanto da taxa de envio quanto dos produtos que foram nas caixas, mas Geraldo disse que devolveria apenas a taxa. “Eu só devolvo o dinheiro que você me pagou. As caixas estão presas. Estão com a Receita Federal”, escreveu o empresário através de um aplicativo de mensagem. “Eu não quero dar prejuízo para ninguém. Eu não tenho culpa do que aconteceu. Tem umas oito companhias com os contêineres parados. Não sou só eu”, continuou.

A revolta maior dos clientes é que todos pedem comprovantes de que as caixas estão realmente presas, mas Geraldo não fornece. “Precisamos saber o que aconteceu com nossas caixas, pois até então está nas mãos dele. Enquanto não provar com documentos que a receita federal brasileira prendeu o contêiner, não vamos acreditar”, disse um dos clientes. “Ele não fornece nem o contato do despachante que cuida da liberação dos contêineres dele no Brasil”, disse outro cliente.

Geraldo ainda fez ameaças para quem o levar aos tribunais. “Quem me levar à Corte vai ter que provar para o juiz que estas caixas estão desaparecidas. Elas estão presas e tenho documentos que provam que elas estão presas. Quem levar à corte vai perder tempo”, afirmou.

A redação do BT tentou contato com Geraldo, mas não obteve êxito.

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Fonte: Da redação