Publicado em 26/11/2021 as 10:30am
Indocumentada casa pelo green card e tenta matar o marido
A imigrante Olivia Raimo, de 30 anos, foi informada pelo advogado do casal que "eles teriam dificuldade em passar na entrevista de casamento"
Uma mulher se casou com um homem idoso para obter a residência legal permanente (green card) e depois tentou matá-lo com uma navalha, informaram os promotores de justiça de Nova York. Olivia Raimo, de 30 anos, natural da Jamaica, assumiu a culpa por tentativa de homicídio em 2º grau. Ela atacou o marido dela de 74 anos em 24 de janeiro de 2020 e deixou a vítima sem qualquer função numa das mãos, conforme um comunicado à imprensa, na quarta-feira (19), emitido pelo gabinete do procurador distrital do Condado de Westchester (NY).
“Atos violentos são hediondos, especialmente, quando os alvos são idosos”, disse a promotora pública, Miriam E. Rocah.
Olivia e o marido, cujo não foi divulgado pelas autoridades por se tratar de violência doméstica, casaram-se em 2017, mas ainda precisavam comprovar a legitimidade do casamento para que ela pudesse obter a cidadania dos EUA. Em uma reunião com um advogado em preparação para uma entrevista junto ao Departamento de Serviços de Cidadania e Imigração (USCIS), o casal foi informado que " eles teriam dificuldade em passar na entrevista de casamento", disse o comunicado.
Algum tempo depois, enquanto estava na casa da vítima em New Rochelle (NY), ela teria empurrado o marido entre o assento do vaso sanitário e a parede e cortado seu pulso com uma navalha, de acordo com o comunicado.
Naquele momento, uma assistente de saúde domiciliar do marido chegou à porta e Raimo se recusou a deixá-la entrar. Então, o assistente ligou para o serviço de emergência 911 e relatou à polícia de New Rochelle que não conhecia a mulher. Assim que os policiais chegaram à casa, eles ouviram o marido gritando no banheiro. Ele foi levado ao Hospital Jacobi no Bronx (NY), onde seus tendões foram religados durante duas cirurgias diferentes.
Após uma investigação, Olívia foi presa pela polícia em 11 de fevereiro de 2020. Conforme o acordo judicial de confissão, ela será sentenciada a 15 anos de prisão e 5 anos de liberdade condicional, detalhou o comunicado. A leitura da sentença está agendada para 13 de janeiro de 2022.
O gabinete do procurador do distrito evitou fornecer informações adicionais.
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Fonte: Leonardo Ferreira