Frentista de posto de gasolina é agredido por motorista em Newark (New Jersey)

No dia 03, em entrevista exclusiva à equipe de reportagem do jornal Brazilian Times, Attia relatou que havia recebido ordens da gerência do posto de gasolina em que trabalha, localizado na Washington Street, região central da cidade, de pedir dinheiro aos motoristas antes de encher o tanque dos veículos de combustível, pois os golpes na área tornaram-se cada vez mais constantes.

"Aquela área é muitíssimo perigosa, pois muitos motoristas, enquanto enchemos o tanque, aceleram o carro e vão embora sem pagar pelo combustível. Geralmente, muitos deles nos xingam quando pedimos o dinheiro adiantado, mas dessa vez eu fui brutalmente agredido, relatou Attia ao BT, que trabalha no posto há aproximadamente 2 meses, no turno de 7 horas da noite às 7 horas da manhã.

Ainda conforme ele, cerca de 8 horas da noite, ele pediu o dinheiro adiantado a um motorista afro-americano, de aproximadamente 27 anos de idade, que aparentemente ofendeu-se com pedido, saiu do carro e agrediu com socos e pontapés o frentista. Atordoado, o trabalhador conseguiu correr até à loja de conveniência do posto de gasolina e pedir socorro a um colega, que acionou a polícia. 

Segundo Mohamed, os policiais que chegaram ao local pediram para que ele explicasse o que havia ocorrido, entretanto, o trabalhador pediu para ser levado a um hospital militar, pois sentia muitas dores pelo corpo, especialmente na cabeça e ombros. Ainda conforme ele, devido à insistência dele em ser levado a um hospital militar, foi retirado da viatura policial e teve que ir de Uber a um hospital em East Orange (NJ), onde foi submetido a exames de tomografia computadorizada na cabeça, pescoço e ombros. 

Os exames médicos revelaram contusões em várias partes do corpo e, em decorrência disso, ele ficou impossibilitado de trabalhar durante 4 dias.

Attia relatou que as câmeras de segurança instaladas no posto de gasolina não filmaram a placa do veículo do motorista agressor que, portanto, não pôde ser identificado. Em virtude disso, ele planeja contratar um advogado na luta por justiça, pois, segundo ele, não quer que outro trabalhador passe pela mesma situação, podendo correr até risco de morte.

"A câmera de segurança (do posto de gasolina) não registrou a placa do carro, mas, mesmo assim, lutarei pelos meus direitos, pois isso é algo que acontece todos os dias naquela região. A pessoa que fez isso comigo tem que pagar na justiça. As discussões e confrontos envolvendo clientes e os trabalhadores ocorrem todos os dias", concluiu.

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