Procurado por abuso sexual infantil em Connecticut, brasileiro é preso na Pennsylvania

Há algumas semanas, a mineira Juliana Ferreira de Almeida, 39 anos, compartilhou o drama que sua família estava vivendo. De acordo com ela, que reside na cidade de Hartford (Connecticut), a filha de 11 anos teria sido abusada sexualmente por um brasileiro identificado por Leandro dos Santos. A mãe relatou em uma entrevista ao jornal Comunidade News, que circula na região, que só descobriu depois que de ter acesso ao celular da menina.

De acordo com ela, Leandro também teria viciado a filha em drogas, além dos abusos. “Minha filha disse que ele deixava drogas no banheiro e depois mandava mensagens para ela pegar”, disse. “Depois de viciá-la, ele conseguia fazer com que ela enviasse fotos nuas em troca de mais drogas”, continuou.

Leandro é natural de Tarumirim (Minas Gerais), casado e pai de três crianças com a atual esposa e mais duas em outro relacionamento.

Logo que descobriu, Juliana procurou ajuda das autoridades e denunciou o caso ao departamento de polícia local. Desde então, Leandro estava sendo procurado e após uma semana depois que a reportagem foi vinculada no Comunidade News, surgiram pistas de onde ele estaria.

O diretor do jornal, Lúcio China, disse que recebeu um telefonema de uma brasileira que pediu para não ser identificada. Ela informou que sabia o paradeiro de Leandro. De acordo com a informação, ele estaria morando em um basement na cidade de Philadelphia, na Pennsylvania. A mulher também ligou para a polícia local e informou o que estava a acontecer.

Mas no primeiro momento, os policiais não deram muito crédito para a história. A prisão só ocorreu depois que a ativista Ester Sanchez entrou em contato com o Chefe de Polícia de Hartford, Jason Thody, e pediu para que ele interviesse junto aos policiais da Philadelphia.

No dia seguinte, os policiais foram até o local indicado, na Large Street, Philadelphia, entraram casa e se dirigiram até o basement. Quando chegaram lá, encontraram Leandro e deram voz de prisão. O brasileiro não reagiu e nenhum incidente extra foi registrado.

Leandro está sob custódia das autoridades da Philadelphia aguardando sex extraditado para ser julgado em Hartford. Caso venha ser condenado pelo crime, ele será deportado após o cumprimento da pena que pode ser de 15 a 30 anos.

A redação do Brazilian Times conversou com Juliana para saber como está sua filha, bem como o que ela espera agora que Leandro foi preso. “A minha única esperança é que a justiça seja feita por tudo que ele fez com minha filha”, disse ela.

Juliana disse, ainda, que a filha está passando por um tratamento psicológico e tem feito terapias. “Nenhuma condenação por maior que seja vai apagar isso da memória de nossa família, por isso espero que ele fique muito tempo na cadeia”, desabafou. “Foram muitos meses ele dando para ela drogas para que ela ficasse calada. É muito difícil para ela, mas vamos conseguir”.

Juliana destacou, ainda, que a filha tem sido muito bem tratada pela equipe que está cuidando dela e na clínica onde ficou internada. “O carinho e atenção de todos ameniza um pouco o nosso sofrimento”, acrescentou.

Ao final da conversa, Juliana fez um alerta para a comunidade e disse que é importante saber quem são as pessoas que estão próximas a você. Leandro estava fazendo um serviço na casa dela quando teria assediado a menina. “Ele foi muito cuidadoso para não deixar ninguém sabe o que ele fez. Ele viciou a minha filha para controlá-la. Depois pedia vídeos e fotos dela nua em troca de drogas. Ele também mostrava tudo para alguns amigos dele e dizia que minha filha estava atrás dele”, disse. “Só soube de tudo quando vi o celular dela”, seguiu.

Juliana disse que está há oito meses sem trabalhar porque não pode deixar sua filha sozinha. “Ela tem várias crises e preciso estar ao lado dela para confortá-la nestes momentos”, finalizou.

Fonte: Da redação