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Publicado em 18/09/2022 as 2:00am

27 FESTIVAL DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM BOSTON

Tambores, batucada, berimbau, capoeira, samba, MPB, forró. Pastel, caldo de cana,...

27 FESTIVAL DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL EM BOSTON Show da banda de percussão Grooversity, sob coordenação do percussionista Marcus Santos

Tambores, batucada, berimbau, capoeira, samba, MPB, forró. Pastel, caldo de cana, churrasquinho. Verde, amarelo, azul e branco. Era o Brasil pintando o 7 e decorando o Herter Park, às margens do rio Charles em Boston.

O tradicional Festival da Independência do Brasil aconteceu no dia 11 de setembro em Massachusetts. O som dos tambores de Marcus Santos envolveu os participantes na grande abertura do festival.

Heloisa Galvão com a equipe de colaboradores. Um muito obrigada. Sem parceiras, voluntárias, colaboradoras e a comunidade nada seria feito

Há 27 anos o Grupo Mulher Brasileira, sob a coordenação da incansável Heloisa Galvão realiza este festival, em homenagem à Independência do Brasil. E este ano foi muito especial já que se celebra o Bicentenário da Independência.

Os brasileiros residentes em Massachusettes carrega a tradição de celebrar este dia com um evento cultural, o qual relembra as raízes do Brasil. Na solene abertura a cantora lírica Natália Hubner entoou o Hino Nacional Brasileiro.

Lenara Buffon, ao centro é representante da universidade Uninter a qual desde 2018 está em solo americano

A voz da soprano arrancou muitas lágrimas, uma emocionante apresentação. O Embaixador Benedicto Fonseca fez um breve discurso exaltando a data comemorativa.

Nina Torres é cantora, natural de Belo Horizonte, MG, vive nos EUA há 21 anos, após uma bela apresentação no palco, Nina falou com o Brazilian Times sobre o que representa este momento para ela.

Nina Torres é cantora, natural de Belo Horizonte, MG, vive nos EUA há 21 anos, após uma bela apresentação no palco, Nina falou com o Brazilian T

“Há muito tempo acompanho o festival, o qual nunca perde a sua característica de ser cultural, local, feito realmente para a comunidade brasileira. Este festival ajuda o business, ou seja, as pessoas que vem colocar barraquinhas e vender os seus produtos, tudo isso é importante. Este tipo de festival nos fortalece, nos une e reforça a nossa brasilidade”.

O embaixador Benedicto Fonseca esteve presente com representantes consulares_

 Lenara Buffon é representante da universidade Uninter a qual desde 2018 está em solo americano: É o primeiro ano que a Uninter participa do festival com o stand.

“É um evento muito importante, o Bicentenário de Independência do Brasil. É uma data marcante, estamos felizes por estar perto do nosso povo brasileiro. Estamos longe do Brasil, mas sentindo a energia boa do Brasil aqui. Tem comida, música e muitas coisas boas”.

Pastel e caldo de cana são as barracas mais desejadas pelo público

Fernanda é representante da Handmade 4U, vive nos EUA, há 7 anos, ela é de Ipatinga-MG: fala com emoção sobre o festival: “Este momento representa um momento de união, ver a comunidade aqui unida para celebrar a nossa pátria, ver as crianças que nasceram aqui vestindo a camisa do Brasil, comendo pipoca, pastel e as comidas típicas do Brasil, é emocionante. A apresentação do Hino Nacional Brasileiro foi de arrepiar, maravilhoso”.

Rosania Branco, Tia Rô, há 4 anos participa com stand de roupas brasileiras

Caminhando pela praça de alimentação é fácil perceber as barracas mais desejadas pelo público, a fila não nos deixa mentir, é a combinação favorita do pastel frito com o caldo de cana.

Leandro Sgarioni, é o dono da barraca do pastel. Há 17 anos ele participa do festival, e o  pastel é uma comida tradicional. “Para mim, este festival é um pedacinho do Brasil, a gente vê a capoeira, ouve as músicas, vê as pessoas dançando.

A Boston University esteve presente realizando uma pesquisa com a comunidade brasileira

Estamos aqui para celebrar o nosso Brasil, aqui é como se estivéssemos no Brasil, sem ter viajado”.

Vizinha da barraca do pastel, Lucimar Araújo, há dez anos trabalha na barraca do caldo de cana com o seu amigo Adilon Santunioni.

À direita Tânia Evora, ao centro Rebeca Finamore, à esquerda Julia Evdokimova. São representantes da IK eco Jewelry

“As pessoas têm muita saudade de tomar caldo de cana. Hoje já é mais comum, mas há 15 anos não era tão comum assim, então as pessoas vêm aqui no festival e sabem que vão tomar um caldo de cana.

Vivo nos EUA há 25 anos e vir ao festival era uma oportunidade de me encontrar com os brasileiros, e até comer uma comida brasileira. Há 25 anos não tinha muita loja brasileira, restaurantes não tinha muita coisa como se tem hoje, hoje tem de tudo, quando eu cheguei aqui não tinha nada, nem celular, nem GPS. Eu tinha que andar olhando no mapa.

Apresentação de capoeira do grupo Chuvisco

Este tipo de festa representa muito porque eu me encontro com o meu país. Por isso é muito importante mesmo”.

Rosania Branco, Tia Rô é de Ubá, MG, há 7 anos vive nos EUA.  Este é o quarto ano que ela participa do festival, com barraquinha vendendo roupas brasileiras. “Este evento é importante, acho que poderia ter mais festas neste estilo para a gente expor os nossos trabalhos”.

Iona klais – IK eco Jewelry: Iona sempre participou do festival com o Grupo Mulher Brasileira e há seis anos expõe as suas joias na feira. Iona fala que a feira “é muito importante para a comunidade porque é um momento de reencontro”.

Fernanda é representante da Handmade 4U

No festival da independência além das atividades culturais, a equipe organizadora se preocupa com os cuidados com a saúde do imigrante, por isso havia vacinação contra a COVID19, orientações sobre saúde bucal, sobre saúde mental e sobre nutrição uma parceria entre universidades e clínicas de saúde proporcionou este momento de bem-estar aos participantes do evento.

Para além dos cuidados com a saúde física, também estavam compondo a feira, os nutrientes culturais representados pela Biblioteca Pública de Boston e a Biblioteca de Literatura Infantil Brasileira- LIB, sob coordenação de Michelle De Paula. Os livros são os nutrientes para a alma.

Grupo Mulher Brasileira, organizador do evento

Ao ser questionada sobre o que a motiva para realizar este festival, Heloisa Galvão fala com muita modéstia: “O que me motiva são pessoas como você que se dão para ajudar, unir, e promover nossa cultura, história e língua.

O evento é uma tentativa de unir a comunidade brasileira com a comunidade norte americana e outras. Queremos que outros povos saibam quem realmente somos. Um muito obrigada. Sem parceiras, voluntárias, colaboradoras e a comunidade nada seria feito”.

Heloisa Galvão agradece aos colaboradores de forma muito gentil.



Fonte: Eliana Marcolino

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