Publicado em 23/09/2022 as 9:00pm
Massachusetts tem 8 cidades santuário para imigrantes e como elas cooperam varia
O governador da Flórida, Ron DeSantis, enviou um grupo de imigrantes para Martha's...
O governador da Flórida, Ron DeSantis, enviou um grupo de imigrantes para Martha's Vineyard, Massachusetts, no dia 14. Ele disse que a ação faz parte do plano de seu estado colocar indocumentados em lugars que ele chama de "destinos santuários".
Massachusetts não é um estado santuário, mas houve propostas para isso. Uma cidade ou estado santuário é um local que limita a cooperação com as leis federais de imigração.
De acordo com as informações, há oito cidades no estado que são consideradas santuário para imigrantes indocumentados. Eles são Amherst, Boston, Cambridge, Chelsea, Concord, Newton, Northampton e Somerville. O que elas fazem é legal e o quanto elas cooperam pode variar de cidade para cidade.
"Algumas não compartilham informações e outras chegam ao ponto de não aceitar liberar um detido para a custódia dos agentes federais de imigração", disse Ragini Shah, professora de direito de Suffolk e diretora da Clínica de Imigração da universidade.
Ela disse que nenhum estado é verdadeiramente um estado santuário, mas que todos cumprem as leis federais, mesmo que algumas cidades em seu estado não o façam.
"Eles estão falando sobre cidades-santuário como uma forma de aumentar o medo de todos", afirmou. "Não é tanto uma questão de números. É mais sobre a importância retórica das pessoas da direita dizendo que os imigrantes são pessoas das quais todos precisam ter medo. Por isso as mudam para um lugar onde dizem que ninguém precisa ter medo dessas pessoas", continuou.
Shah destacou que a situação de Martha's Vineyard é diferente do assentamento de refugiados ucranianos e afegãos nos últimos anos. Ela explicou que nesses casos os imigrantes estavam sendo reassentados e provavelmente com uma chance de status no país.
"Há muita simpatia pelo pessoal da Ucrânia, o que é bom e correto. Acho que parte disso são nossas próprias crenças sobre essas pessoas", disse Shah. "O que é interessante para mim é que não estendemos a mesma simpatia às pessoas da América Central e da América do Sul, quando estão fugindo de circunstâncias igualmente perigosas", finalizou.