Influenciadora digital sofre de Gordofobia

Da redação

O advogado Eduardo Lemos Barbosa ingressou com ação de indenização por danos morais, fundamentado nas ofensas que a influenciadora digital, Juliana Nehme, recebeu, ao voltar ao Brasil do Líbano, no dia 22 de novembro, quando se envolveu em um episódio que afetou o princípio da dignidade da pessoa humana, previsto da Constituição Federal, além da clara violência contra os direitos humanos: Gordofobia (estigma que atinge pessoas consideradas acima de um ‘”padrão” de peso)

Juliana embarcou para o Líbano em outubro deste ano para conhecer o país onde sua mãe nasceu. Contudo, no retorno, foi impedida de viajar com sua família pela companhia aérea Qatar Airways em razão de seu peso.

Tutela de Urgência

Diante do quadro depressivo da influenciadora digital, após o episódio em que sofreu discriminação, foi deferido pela Justiça pedido de tutela de urgência para o pagamento pela empresa de avião de tratamento psiquiátrico ou psicológico, por profissional da confiança familiar, em sessão de terapia semanal.

O laudo feito pelo médico psiquiatra Dr. Luiz Carlos Coronel aponta que a Juliana necessita de suporte psicossocial em decorrência de Transtorno de Estresse Pós-Traumático e, embora trate de laudo elaborado de forma unilateral, “a concessão parcial da tutela de urgência se mostra medida razoável e proporcional para assegurar a superação do evento estressante e traumático pela coautora vítima, bem como garantir o tratamento psiquiátrico para o transtorno mental e emocional e, assim, evitar o agravamento do distúrbio mental e emocional diagnosticado por profissional especializado”.

De acordo com o advogado Eduardo Barbosa, presidente da Comissão Especial de Responsabilidade Civil do Conselho Federal da OAB, trata-se de uma vitória importante contra o preconceito: ”mesmo em caráter liminar, a Justiça entendeu todos os danos causados à Juliana”.