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Publicado em 20/01/2023 as 6:00pm

Tiago Skol: uma “cambada de gente fina”

“Vir para os Estados Unidos significa nascer de novo, só que adulto”, diz youtuber


Youtuber já foi fuzileiro

Há uma máxima em alguns centros terapêuticos que diz: “Feridos ferem”. Entretanto, o mineiro Tiago Skoll contradiz facilmente essa premissa com sua alegria, mesmo depois de amargar decepções que poderiam ter-lhe roubado o bom ânimo.

O entusiasmo peculiar com que esse ex-fuzileiro naval – hoje funcionário público do Estado de Massachusetts – aborda os entrevistados para seu canal no YouTube virou marca registrada ao iniciar seus vídeos com o bordão “cambada de gente fina”, que já lhe rendeu 120 mil seguidores e fez de Tiago o terceiro brasileiro residente nos Estados Unidos que mais tem visualizações na plataforma. Confira os detalhes nesta entrevista.

Brazilian Times – Como era sua vida antes de chegar aos Estados Unidos?

Tiago Skol– Até meus 12 anos de idade, eu e meus irmãos vivíamos bem. Mas meu pai perdeu tudo após sofrer um aneurisma. Aos 18, alistei-me nas Forças Armadas. Nesse período, já morando em Brasília, tive um relacionamento frustrado e envolvi-me com algumas amizades que usavam drogas. Sentindo-me desamparado, comecei a me drogar também. Vi meu amigo ser morto em meio a tudo isso e resolvi me afastar para bem longe. Matriculei-me em uma Faculdade de Administração e comecei a guardar dinheiro para vir para cá como um intercambista. Pensava em ajudar meu pai a realizar o sonho dele de criar vacas leiteiras nas terras que lhe haviam restado após o aneurisma. Às vésperas de vir para cá, no final de 2006, ajudei-o com uma certa quantia, paguei meu intercâmbio e cheguei em Wisconsin para estudar e trabalhar no McDonalds.

BT – E como foi sua adaptação aqui?

TS– Assim que cheguei, senti a necessidade de me envolver mais com a cultura americana, para falar inglês com fluência. Como era muito jovem, resolvi acompanhar alguns amigos que quiseram ir a Flórida, mas fiquei pouco tempo lá porque não pagavam muito bem. Fui a Mineápolis e, enfim, a Massachusetts, onde comecei como entregador de pizza. Com o salário melhor, passei a guardar dinheiro a fim de abrir meu próprio negócio. Contudo, conheci um grego que me propôs sociedade. Ele chegou a me levar em um lugar durante o dia, dizendo que era sua pizzaria. Gostei da proposta e depositei 60 mil dólares em sua conta, além de gastar outros 20 mil, ao quitar dívidas que ele tinha com pessoas que iam procurá-lo onde eu trabalhava. O tempo passou e descobri que ele já havia aplicado golpes como esses em outros imigrantes que, ao se verem enganados, ele os denunciava à imigração. Como estava ilegal, fiquei com um prejuízo equivalente a mais de 400 mil reais.

BT – De que forma deixou de ser ilegal para tornar-se cidadão americano?

TS– Nessa época, conheci minha ex-esposa, que era americana. Ficamos juntos até 2018, mas o casamento não resistiu aos desgastes enfrentados com dois abortos espontâneos, acumulados à perda do meu pai em 2014. Foram períodos muito difíceis, tanto para mim quanto para ela.

BT – Como conseguiu reiniciar do zero depois de tantas desilusões?

TS – Tinha consciência de uma coisa: vir para os Estados Unidos significa nascer de novo, só que adulto. Assim como um bebê nasce sem saber qualquer língua, quando você imigra, é praticamente a mesma coisa. É preciso saber falar o inglês para vencer aqui. Das quedas que tive, só pude recomeçar do nada porque o inglês me abriu portas. Em 2013, por exemplo, fui ver meu pai nas férias e vi o quão bem meu irmão estava, após passar em um concurso. Isso me inspirou a estudar também. Ao retornar, fui trabalhar na Prefeitura de Newton, onde adquiri uma bolsa para financiar minha faculdade de Engenharia Civil. Como tirava excelentes notas, meu chefe me indicou para o departamento de engenharia, antes mesmo de ser formado. Após isso, ir para o Estado de Massachusetts para ser fiscal aconteceu rapidamente.

BT – Em seu canal do YouTube, você criou bordões que são sucessos, como “cambada de gente fina” e “calça está caindo com tanto dinheiro”. O que o levou a criar um canal com conteúdo de entrevistas e dicas de trabalho nos Estado Unidos?

TS– Comecei a estudar sobre a bolsa de valores e passei a investir. Entretanto, com a pandemia, tudo fechou e a bolsa teve um crash em 2020. Passei, então, a assistir a alguns vídeos no YouTube e pensei que deveria compartilhar na plataforma o conhecimento que eu havia adquirido, pois a maior riqueza que podemos ter é passar adiante aquilo que sabemos. Percebi que todas as vezes que fazia um vídeo liberando informação para as pessoas, tinha um retorno excelente.

Tiago tem milhares de seguidores

BT – Como escolhe seus entrevistados?

TS– Podcasts aqui dos EUA querem levar somente pessoas famosas. Eu, ao contrário, quis entrevistar aqueles que estavam escondidos debaixo do tapete, contando histórias da vida real, pois isso é o que tem valor. Há vídeos que, a princípio, pareciam não ter história nenhuma, porém tiveram meio milhão de visualizações. Todos têm uma história que você pode “destrinchar” e fazer virar um belo livro.

 BT – Para finalizar, quais os próximos passos para o canal?

TS – Atualmente, meu canal conta com 8 patrocinadores. Está faltando o do café, para encher a caneca com a qual recebo os entrevistados.

Instagram: @tiagoskolusa.



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Fonte: Anna Tygrezza Rodrigues

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