Publicado em 16/06/2023 as 11:00am
“Brasileiro preso em Massachusetts mostra falha na segurança da fronteira”, diz Center for Immigration Studies
CONDENADO POR HOMICÍDIO
No dia 23 de maio, oficiais do escritório Operações de Repressão e Remoção (ERO, sigla em inglês) em Boston (Massachusetts) prenderam um brasileiro condenado por assassinato no Brasil e membro da “maior facção criminosa do país”. A prisão foi um alívio para a comunidade, mas levantou questões importantes sobre segurança nas fronteiras dos Estados Unidos os meios adotados pela administração Biden para liberar imigrantes detidos.
Isso porque o brasileiro foi detido ao entrar no país e depois liberado para responder ao processo de deportação em liberdade. A pergunta que muitas autoridades estão fazendo é “como ele foi liberado tendo uma condenação no Brasil?”
Este caso ressalta o quão vulneráveis as políticas de liberação de imigrantes do governo deixaram os norte-americanos.
Outra questão levantada é que o Departamento de Imigração e Alfândega tem divulgado as prisões, mas não revela os nomes dos criminosos e usa fotos com rostos borrados para não serem reconhecidos. “Um membro de gangue fugitivo, condenado por assassinato é - curiosamente - não identificado e seu rosto está borrado na fotografia que o acompanha, aparentemente por preocupação de que a agência não queira manchar injustamente a reputação de assassino membro de gangue”, escreveu o Center for Immigration Studies em uma nota. “De qualquer forma, o ICE oferece muitas outras informações sobre o ‘não-cidadão’ (uma linguagem determinada pelo governo Biden para garantir que os sentimentos do brasileiro assassino não sejam feridos), inclusive o fato de ter 50 anos e ser membro ativo do Primeiro Comando da Capital (PCC) — a maior organização criminosa do Brasil”, seguiu.
O centro ainda questiona o fato do Departamento de Segurança Interna (DHS, sigla em inglês) ter tanta tecnologia e não conseguir determinar se um imigrante tem histórico criminal em seu país de origem. “Será que toda a tecnologia do departamento conseguiu deixar escapar o extenso e violento histórico criminal quando permitiu que ele entrasse no país?”, questionou. “Isso seria como alguém entrando em uma loja e quando perguntado pelo balconista se precisa de ajuda, ele: ‘Não, obrigado. Só estou aqui para roubar’”, afirmou o comunicado.
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