Governador de NY questiona expansão dos cuidados de saúde para imigrantes indocumentados

Os defensores estão tentando aumentar o apoio a um projeto de lei para expandir a cobertura de saúde para incluir mais nova-iorquinos, independentemente de seu status de imigração. Mas a governadora Kathy Hochul sinalizou que estava cética em fazer isso sem receber mais dinheiro do governo federal.

Seus comentários foram feitos no momento em que os vigilantes orçamentários estão alertando as autoridades de NY contra a expansão dos gastos recorrentes.

Os defensores da proposta de assistência médica afirmam, no entanto, que pode haver mais flexibilidade do que o governador imagina.

A Assembleia Estadual deve retornar na próxima semana para dois dias de votação sobre assuntos legislativos inacabados. O projeto de lei, conhecido como entre seus apoiadores como “Cobertura para Todos”, já foi aprovado pelo Senado estadual.

Nova York recebeu aprovação do governo federal para usar fundos federais de repasse para expandir a cobertura de assistência médica.

Hochul, falando com repórteres em um evento para divulgar uma expansão da licença familiar remunerada para funcionários públicos, questionou se o atual “pote de dinheiro é grande o suficiente”. "Não é apenas dizer que US$ 2 bilhões estarão lá para sempre, porque não estarão", disse ela. "Se o governo federal deseja nos dar mais para complementar isso, complementaremo isso. Nos dê US$ 13 bilhões e isso torna muito mais fácil para o estado. Mas tenho que olhar tudo de forma holística e o impacto em nossas finanças estaduais antes de fazer uma decisão", afirmou.

Os defensores da medida ainda estão tentando convencer Hochul, apontando para a versão alterada do projeto de lei que estabelece um limite de cobertura.

Membros progressistas da Make the Road New York, em um comunicado, instaram a Assembleia a adotar a legislação, apontando para os grupos amplos que apóiam o projeto, incluindo o Conselho Empresarial de New York e os principais sindicatos de saúde e grupos hospitalares. “Estamos desapontados porque a Assembleia não adotou na sessão regular a legislação de Cobertura para Todos que salva vidas e instamos o presidente Heastie a incluir a medida como uma prioridade quando os membros da Assembleia retornarem no final deste mês”, disse o grupo. 

“O Senado já aprovou essa medida de bom senso, que garantiria que os imigrantes de baixa renda de NY possam finalmente ter acesso à cobertura de saúde, sem nenhum custo para o estado, e até mesmo gerar economia. Estamos ansiosos para trabalhar com o presidente Heastie e os membros da Assembleia para garantir que new York dê esse passo crucial para alcançar a igualdade na saúde e fortalecer a economia do estado e seu sistema de saúde", continuou.

Os “falcões fiscais”, por sua vez, pedem cautela em novos gastos, com as crescentes lacunas orçamentárias esperadas para os próximos anos. "É tudo uma questão de planejar e pensar no futuro", disse Patrick Orecki, da Comissão de Orçamento Cidadão. "Não é apenas a lacuna do próximo ano. As lacunas ficam maiores nos anos dois e três", afirmou.

Os gastos já aumentaram nas maiores áreas orçamentárias de New York nos últimos anos: saúde e educação. “Este não seria um bom momento para colocar o estado no gancho para qualquer tipo de gasto novo e recorrente, porque este não é apenas um problema de curto prazo”, disse Ken Girardin, do Empire Center.

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