Publicado em 9/07/2023 as 2:00pm
Azul linhas Aéreas conecta Brasil com o mundo
“Nós somos hoje a empresa aérea com mais voos, mais destinos e mais aeronaves. Somos os maiores compradores da Embraer do mundo...” Diz o executivo da Azul, John Rodgerson.
Eliana Marcolino
A Azul é uma companhia aérea brasileira fundada por brasileiros e americanos com o objetivo de oferecer serviços de transporte aéreo em um território pouco explorado. Os fundadores estavam nos Estados Unidos observando o céu brasileiro que não voava com a Embraer no próprio país fabricante da aeronave. Neste território gigante as empresas concorrentes operavam apenas no eixo: Brasília, Rio e São Paulo. A Azul Linhas Aéreas surgiu com o propósito de oferecer novas oportunidades de voos, conectando os diferentes estados brasileiros e o Brasil no panorama internacional. E o mais interessante de tudo, com aeronaves fabricadas no próprio Brasil.
Desde o seu nascimento, a Azul cresceu de forma exponencial. Já vai completar 15 anos e pode certamente celebrar muitas conquistas: Tem voos para 158 diferentes cidades brasileiras, seis países entre América do Sul, Estados Unidos e Europa e é dona de uma frota com 185 aeronaves de pequeno, médio e grande porte.
A Azul tem novidades e quem nos conta é o executivo da empresa, John Rodgerson: “A Azul é a companhia aérea brasileira que mais desembarca clientes na Flórida, nos Estados Unidos. E agora está expandindo mais com a estreia de duas novas rotas. A Azul inaugurou no dia 23 de junho, o voo que liga Belo Horizonte a Fort Lauderdale, na Flórida. ‘A Flórida para nós é mais uma cidade brasileira’. E desde o dia 24 de junho a Azul conta com voos semanais para Curaçao, no Caribe, saindo do BH Airport. A companhia começou a oferecer voos direto para Orlando, partindo de Belo Horizonte. E mais, já tem voos saindo de Belém, no Pará, e Manaus, no Amazonas para os aeroportos norte-americanos. É a Azul trabalhando para conectar o Brasil com o mundo”.
John Rodgerson é americano, natural de Connecticut. Foi para o Brasil com uma equipe de oito americanos os quais decidiram investir na construção da Azul Linhas Aéreas. Grande conhecedor do território brasileiro e um apreciador das paisagens, John concedeu uma entrevista exclusiva ao jornal Brazilian Times e falou com entusiasmo sobre o melhor do Brasil. Porém, antes de começar a responder à pergunta sobre o que há de melhor no Brasil, ele gentilmente pediu desculpas por ser um gringo falando sobre o Brasil.
John se diz impressionado com os brasileiros que se preocupam em levar os filhos para conhecerem os Estados Unidos e Europa, mas que ainda não conhecem a grandeza das Cataratas de Iguaçu “Se você levou seus filhos para ver Nova York e Paris, mas não levou seu filho para conhecer Foz do Iguaçu, você não é brasileiro, é uma vergonha! Nós temos as melhores praias do mundo aqui no Brasil, nós temos um serviço diferenciado aqui no Brasil. E o melhor que o Brasil tem é o povo brasileiro, o povo brasileiro é divertido, gosta de festas, você pensa em carnaval, festas juninas, todas essas coisas que o Brasil tem, e a natureza do Brasil é incrível”.
E os Estados Unidos, o que esse país tem de melhor? Na opinião de John é o acesso a bens de consumo, como a facilidade para se comprar aparelhos eletrônicos: “Comprar nos Estados Unidos é bom, alugar um carro para dirigir nas grandes rodovias e também fazer negócios, porque tem menos burocracia. Isso é bom no meu país”.
John destaca o que há de melhor nos dois mundos e fala sobre a importância da sua empresa na conexão desses territórios. “Tem muitos brasileiros nos Estados Unidos, eles precisam voltar ao Brasil, pelo menos para visitar. Obviamente para voar conosco! Em uma parada apenas você está no Amazonas. Todo mundo fala da Amazônia e a Azul conecta a Amazônia com o mundo: Leve os seus filhos para conhecerem a Amazônia. Leve a sua família para conhecer Gramado, Canela, Noronha. Você pode ver o encontro dos dois rios, pode ver golfinhos que existem somente no Rio Amazonas. Você pode ir para o Pantanal. O que eu vou dizer como americano que mora no Brasil: Eu acho que cada brasileiro deveria ter uma meta em sua vida para ver Amazonas, Foz do Iguaçu e as melhores praias do Nordeste. Até os brasileiros que estão fora precisam voltar para conhecer o Brasil de fato”.
A empresa aérea faz mais do que voos turísticos, ela também é especializada no envio de cargas e encomendas. O E-commerce pode usar a logística de uma malha aérea para fazer a entrega dos produtos. As mercadorias estão chegando em cinco mil cidades brasileiras. Além disso, a Azul é a segunda maior agência de turismo, o cliente pode comprar pacotes turísticos para qualquer cidade, pela Azul Viagens.
Perguntamos ao John sobre qual seria a chave do sucesso para ele, sem pestanejar responde: “A chave do sucesso é o nosso pessoal! Durante a pandemia, o governo americano doou trilhões de dólares para as empresas aéreas dos Estados Unidos e agora estamos vendo o caos nas companhias aéreas. No Brasil, recebemos zero, ou seja, não tivemos nenhuma ajuda de custo do governo. Como sobrevivemos à crise? Sobrevivemos através dos próprios tripulantes da Azul. Eles aderiram ao programa de licença não remunerada, foram 11.716 funcionários que abriram mão do seu salário para salvar a Azul. Quando a gente voltou da pandemia, a cultura foi ainda mais forte. Eu falo que nós não temos uma linha aérea, nós temos uma empresa de pessoas. Isso que faz toda a diferença! Esta garra é do povo brasileiro, que ama o que faz e que vê a oportunidade de fazer algo diferente. Eles fizeram isso pelo amor que têm à empresa. Essa foi a maneira para sair da crise. Nós não tivemos receita entrando. Se não fosse isso, não teríamos sobrevivido. O nosso caminho foi: vamos dar as mãos todo mundo e passar por essa crise juntos e depois vamos voltar com uma força enorme. A Azul hoje é 30% maior do que foi em 2019”. Declara entusiasmado.
Em suas palavras finais, John lembra que a Azul foi eleita pelo Tripadvisor Travelers’ Choice Award 2020 como a melhor empresa aérea do mundo. “No ano passado, 2022, fomos classificados como a empresa mais pontual do mundo. Somos uma empresa humana que trata o pessoal interno muito bem, que trata os clientes muito bem. Temos 170 cidades servidas no mundo inteiro, uma complexidade enorme operando no Brasil”.