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Publicado em 10/07/2023 as 10:00am

Motoristas de aplicativos preparam grande manifestação em Massachusetts dia 11

Anna Tygrezza Rodrigues Com a expectativa de uma adesão maciça de motoristas de app,...

Anna Tygrezza Rodrigues

Com a expectativa de uma adesão maciça de motoristas de app, Massachusetts aguarda, para o próximo dia 11 de julho, o maior evento já realizado pela categoria na capital do Estado. A concentração sairá às 10 da manhã da UMASS Boston em Dorchester, com previsão de chegada na State House em Boston. Segundo os organizadores, o principal objetivo dos profissionais é reivindicar direitos que estão sendo negligenciados por autoridades e por agentes responsáveis pelas plataformas.

Surgidos no mercado há pouco mais de uma década, os aplicativos de corrida rapidamente se tornaram parte inerente do cotidiano social, principalmente por conta das vantagens oferecidas nos primeiros anos. De um lado, passageiros satisfeitos pela relação custo-benefício, que desfrutavam dos serviços inovadores de um transporte particular que associava preços baixos, comodidade e conforto; por outro lado, um grupo de motoristas que rapidamente aderiu à novidade, principalmente em função das atraentes taxas praticadas e dos muitos benefícios oferecidos. Para fazer frente ao tradicional grupo dos taxistas, aplicativos como a Uber, por exemplo, chegavam a oferecer 80% do saldo da corrida para seus parceiros cadastrados.

Entretanto, após consolidar-se nessa fatia de mercado que movimenta milhões na economia local, muitas operadoras passaram a cometer abusos que hoje são alvo da insatisfação dos profissionais do ramo. Dentre as reclamações mais contundentes, está a taxação abusiva sobre o valor das corridas. Há diversos casos em que a Uber chega a ficar com 70% do total pago por trajeto, sem que qualquer parte retorne ao profissional para auxiliar com a manutenção do veículo. Segundo Rafael Marotta, um dos organizadores do movimento, “a soma do que realmente fica com o motorista ao final de corridas com esse nível de taxação pode resultar em uma quantia equivalente a um piso salarial de 6 dólares por hora, o que é um absurdo”.

 A drástica mudança de cenário que tem trazido muitos prejuízos aos profissionais também tem ensejado um clima de insegurança no meio, isso porque as desativações sumárias provocadas por clientes insatisfeitos têm se tornado muito comum. Sem direito à defesa, os motoristas veem-se surpreendidos com o desligamento do serviço, quando cancelam corridas devido a algum tipo de comportamento controverso do cliente. No meio, é comum o relato de profissionais que foram assediados por passageiros, inclusive sexualmente. Ao serem rejeitados, alguns ligam para a operadora caluniando os motoristas.

Além do apoio de membros da categoria, também está sendo esperada no evento a participação de autoridades políticas diante de quem serão apresentadas algumas reivindicações. Rafael Marotta ressalta que, ainda que inicialmente o movimento seja precipuamente composto por profissionais que atuam com os app’s Uber e Lyft, a tendência é que outras categorias se agreguem à união. “Há a real possibilidade de pessoas de outras categorias fazerem parte disso. Pessoas que trabalham com entregas de alimentos ou que fazem compras, como o Instacart, Doordash, ou até mesmo a Amazon, também serão contempladas. Essa é uma causa que, quanto mais nos unirmos, mais chance de êxito teremos para compartilhar entre todos.”

Se quiser obter mais informações sobre o evento Motoristas Unidos por Justiça, baixe o QR Code abaixo no seu celular para participar do grupo do WhatsApp ou entre em contato com Rafael Marotta: (617) 888-8039.

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