Publicado em 28/07/2023 as 8:00am
Homem diz que brasileira que morreu na fronteira passou mal após fugir de policiais que atiraram
Ele disse que conheceu Márcia em um hotel no México. “Ela disse que tinha asma, mas que estava bastante tranquila e feliz. Inclusive relatou planos para o futuro depois de entrar nos EUA”, contou.
No dia 20, a mineira de Caratinga, Márcia Cristina Dutra, 36 anos, morreu durante a travessia ilegal da fronteira do México com os Estados Unidos. Um homem que não se identificou, mas estava no mesmo grupo de imigrantes que cruzou a região, relatou ao site do G1 o que teria acontecido com a jovem.
Ele disse que conheceu Márcia em um hotel no México. “Ela disse que tinha asma, mas que estava bastante tranquila e feliz. Inclusive relatou planos para o futuro depois de entrar nos EUA”, contou.
De acordo com o homem, que também é brasileiro, após o grupo chegar à fronteira, surgiram alguns policiais mexicanos que atiraram vária vezes contra as 70 pessoas que tentavam atravessar o local. “Entre elas havia crianças”, afirmou.
Em seu relato, ele disse que os tiros assustaram a todos e um grande alvoroço se formou. “As pessoas começaram a correr e a mineira, que não conhecia a região, foi em direção a uma região com morros”, afirmou. “Acho que os esforços para fugir dos tiros desencadearam a falta de ar e gerou a crise de asma”, continuou.
Ele seguiu o seu relato dizendo que após Márcia entrar nos Estados Unidos, sentou-se em uma pedra para descansar e os seguiram viagem. Pouco depois o grupo informou o que teria acontecido e os socorristas foram, de helicóptero, até o local. Mas quando chegaram, a brasileira já estava morta.
O homem afirmou, ainda, que além de Márcia, outras pessoas passaram mal durante a travessia, incluindo mulheres e crianças. Segundo ele, algumas pessoas chegaram a desmaiar por causa do calor.
CAMPANHA
Agora, os familiares lutam para conseguir o envio do corpo ao Brasil e para isso iniciaram uma campanha online com o objetivo de arrecadar a quantia de US$ 18 mil. O dinheiro será usado para pagar o translado, velório e sepultamento.
O corpo da mulher ainda está no Instituto Médico Legal de San Diego, na Califórnia.
O link de doação é https://bit.ly/47529kC