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Publicado em 28/07/2023 as 7:00pm

Na semana Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas, Walter Mourisso diz que mortes de imigrantes é culpa dos governos

O assunto levanta preocupação em todos os meios da sociedade e os defensores comunitários que vivem nos Estados Unidos destacam a importância de haver uma maior fiscalização para evitar que este crime continue a crescer.


Ativista político, Walter Mourisso

Em 2013, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu a data de 30 de julho como o Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas. O objetivo é estimular a conscientização quanto à situação das vítimas desse crime, que atinge aproximadamente 40 milhões de pessoas no mundo todo. Iludidos com a promessa de viver em um país sem guerra, com melhores oportunidades de trabalho e, provavelmente, ter uma vida mais próspera e segura, muitos acabam se tornando reféns de quadrilhas. As principais vítimas são mulheres, travestis e transexuais, que, em situação de vulnerabilidade, ficam presas em uma rede criminosa bem estruturada que lucra com a exploração sexual e o tráfico de entorpecentes.

O assunto levanta preocupação em todos os meios da sociedade e os defensores comunitários que vivem nos Estados Unidos destacam a importância de haver uma maior fiscalização para evitar que este crime continue a crescer.

O ativista político, Walter Mourisso, disse que o mundo vive um momento único na história, onde os valores estão invertidos. “Nós não valorizamos mais o ser humano e apesar de tantos projetos e autoridades se apresentando como os salvadores da pátria, o crime de tráfico humano continua a ser preocupante”, disse ele.

Mourisso afirma que os contrabandistas de seres humanos não querem ajudar os imigrantes quando eles se colocam à disposição para atravessá-los a fronteira do México e os Estados Unidos. “O que eles querem é obter lucro colocando vidas em perigo. Estes criminosos são capazes de abandonar os imigrantes em lugares desertos sem qualquer informação”, acrescentou.

Mourisso destaca que quando se fala em contrabando humano é preciso pensar sobre o valor da vida ou a importância tem as pessoas. “Temos que entender porque elas se arriscam em jornadas perigosas, passam dias com sede e fome e algumas até morrem durante o caminho”, disse. “O contrabando humano só existe porque tem pessoas querendo sair de suas vidas sofridas para buscar um novo futuro”, explicou.

Ele destaca que não basta criar um dia de combate ao contrabando humano. “Precisamos é de politicas fortes e que realmente funcione para que os imigrantes não sintam necessidade de deixar seis países de origem em busca de uma condição melhor de trabalho”, seguiu.

Mourisso explicou que as causas do tráfico de pessoas são complexas e multifacetadas, incluindo a pobreza extrema, a desigualdade social, a falta de oportunidades de emprego, os conflitos armados, a discriminação de gênero e a falta de conscientização sobre o tema. “Os traficantes frequentemente se aproveitam de situações vulneráveis e utilizam táticas manipuladoras para atrair suas vítimas”, disse.

Para ele, a luta contra o tráfico de pessoas é um desafio global que requer cooperação entre governos, organizações internacionais, ONGs, instituições e a sociedade civil. “É crucial que sejam implementadas leis rigorosas para combater esse crime, bem como promover a conscientização e a educação sobre o tráfico de pessoas em todos os níveis da sociedade”, destacou.

Além disso, é fundamental garantir o apoio às vítimas resgatadas, oferecendo-lhes assistência médica, psicológica, jurídica e programas de reintegração social para ajudá-las a reconstruir suas vidas.

TIPOS DE TRÁFICO

Existem diversas formas de tráfico de pessoas, cada uma voltada para uma finalidade específica de exploração. As principais categorias incluem:

Tráfico para fins de exploração sexual: Nessa forma de tráfico, as vítimas são coagidas ou enganadas a entrar na indústria do sexo, sendo forçadas a se prostituir contra a sua vontade. Essas pessoas são tratadas como mercadorias e privadas de sua liberdade, vivendo em condições desumanas e degradantes.

Tráfico para trabalho forçado: Neste caso, as vítimas são recrutadas com falsas promessas de emprego ou são sequestradas e obrigadas a trabalhar em condições de escravidão moderna. Muitas vezes, são empregadas em setores como construção, agricultura, trabalho doméstico ou indústrias de baixa remuneração, e têm seus salários confiscados pelos traficantes.

Tráfico para exploração infantil: Crianças são frequentemente traficadas para trabalho forçado, exploração sexual ou adoção ilegal. O tráfico infantil é especialmente abominável, pois priva as crianças de uma infância normal e do direito à educação e ao desenvolvimento saudável.

Tráfico de órgãos: Esta forma chocante de tráfico envolve a remoção forçada de órgãos de indivíduos, muitas vezes sem o seu conhecimento, para fins de transplante em pacientes dispostos a pagar altos valores por esses órgãos ilegalmente adquiridos.

Imagem ilustrativa

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