Publicado em 6/08/2023 as 7:00pm
Estudo sugere que a suplementação de vitamina D na infância pode reduzir sintomas psiquiátricos
Da redação Um estudo recente conduzido pela Universidade de Tampere, na Finlândia, revelou...
Da redação
Um estudo recente conduzido pela Universidade de Tampere, na Finlândia, revelou uma descoberta intrigante: a suplementação de vitamina D3 durante a primeira infância pode ter um impacto significativo na redução de sintomas psiquiátricos posteriormente. A pesquisa investigou o efeito de doses padrão e triplicadas de vitamina D em crianças de duas semanas a dois anos de idade, e foi observado que a dose mais alta estava associada a menos casos de humor deprimido, ansiedade e comportamento retraído.
Segundo o Pós PhD em neurociências e Biólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, os pesquisadores randomizaram as crianças em dois grupos, administrando a dose padrão diária de 10 microgramas de vitamina D3 em um grupo e a dose triplicada de 30 µg no outro grupo. “Os resultados surgiram durante a fase final de acompanhamento, quando os pais de 346 crianças avaliaram os sintomas psiquiátricos de seus filhos por meio de um questionário. Foi constatado que as crianças que receberam a dose mais alta de vitamina D3 apresentaram redução significativa nos sintomas de humor deprimido, ansiedade e comportamento retraído em comparação com aquelas que receberam a dose padrão”, afirma Fabiano.
No entanto, os pesquisadores ressaltam que mais estudos são necessários para solidificar essas descobertas. A pesquisa focou nos sintomas psiquiátricos relatados pelos pais, e os participantes do estudo eram crianças de ascendência nórdica que viviam na Finlândia, o que pode limitar a generalização dos resultados para outras populações. Apesar disso, essa pesquisa fornece informações iniciais interessantes sobre o impacto potencial da vitamina D na saúde mental infantil.
À medida que a pesquisa avança nessa área, um mundo de possibilidades se abre para a compreensão dos fatores que influenciam o desenvolvimento psicológico das crianças. O estudo nos leva a questionar como outras variáveis, como genética, ambiente, criação e hábitos, podem se interligar com a suplementação de vitamina D e impactar a saúde mental infantil. O neurocientista destaca que apesar dos resultados positivos da pesquisa, é necessário verificar com um médico a possibilidade de suplementação, pois a hipervitaminose, causada pelo consumo excessivo de vitamina D, pode acarretar efeitos colaterais e ser prejudicial à saúde. É fundamental que a suplementação seja acompanhada por um profissional de saúde, levando em consideração as necessidades individuais de cada pessoa. Afinal, equilíbrio e cuidado são essenciais quando se trata de promover a saúde e o desenvolvimento cognitivo das crianças.
Sobre Dr. Fabiano
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE - Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, The Thousand e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científico e 15 livros.