Publicado em 14/08/2023 as 10:00am
Surfistas brasileiros relatam pânico durante incêndios devastadores no Havaí
Pedro Robalinho fala sobre o desespero para fugir do incêndio
Uma onda de tragédia tomou conta da ilha de Maui e de outras localidades do Havaí, à medida que incêndios florestais avassaladores deixaram pelo menos 55 pessoas mortas e aproximadamente mil desaparecidas. Entre os afetados, uma família de surfistas brasileiros que reside no local compartilhou seu relato de fuga em meio às chamas.
Rafaela Bentes, 37 anos, descreveu o momento em que o céu começou a escurecer com a densa fumaça, imediatamente entrando em ação para organizar sua família e recolher itens pessoais essenciais. A surfista destacou a importância da rapidez da decisão, mencionando que uma demora de apenas 15 minutos os teria colocado em uma estrada cercada por fogo, caso tentassem deixar a ilha mais tarde.
"Em situações de emergência aqui, normalmente ouvimos alarmes e orientações pela mídia, mas dessa vez não aconteceu", explicou Rafaela. "Quando vi uma imensa nuvem de fumaça negra e meu marido sentiu o calor, instruí minhas filhas, de 12 e 9 anos, a prepararem mochilas com suas coisas. Eu já havia separado uma pasta com nossos documentos. Então, decidimos sair", relatou.
A família, composta também pelo marido Pedro Robalinho, 47 anos, reside em Lahaina desde 2016. Apesar de familiarizados com desastres naturais, eles ressaltaram que a gravidade dessa situação foi sem precedentes.
O cenário de devastação causado pelos incêndios florestais na ilha de Maui e outras regiões resultou em um doloroso balanço de pelo menos 55 mortes e cerca de mil pessoas desaparecidas. O presidente Joe Biden, em pronunciamento na Casa Branca, declarou estado de catástrofe para o estado do Havaí.
O governador do estado, Josh Green, expressou sua tristeza através de um comunicado oficial compartilhado no Instagram. Ele lamentou a perda de inúmeras residências e informou que os esforços das autoridades estão concentrados em providenciar abrigo seguro para as famílias afetadas.
Green relatou ter percorrido a Front Street, em Lāhainā, testemunhando de perto a devastação e expressando solidariedade à população de Maui. Ele enfatizou a importância da colaboração de todos na reconstrução dessa região atingida.
De acordo com ele, os incêndios tiveram início nas primeiras horas de terça-feira, dia 08, e se propagaram rapidamente, colocando em perigo mais de 35.000 residentes da ilha de Maui. (com informações do jornal O Globo).
