Grupos de defesa dos imigrantes pedem mais ação de Biden sobre imigração

Defensores dos imigrantes expressaram insatisfação com a administração do Presidente Biden e seu uso cauteloso do poder executivo para emitir permissões de trabalho aos imigrantes. Apesar dos esforços para reverter as políticas da administração Trump, como o Status de Proteção Temporária (TPS, sigla em inglês), críticos argumentam que o progresso é muito lento e a culpa é injustamente atribuída ao Congresso pela inação em relação à imigração.

"Então, essa ideia de esperar pelo Congresso - nós não podemos esperar. Esse navio já partiu. A única ajuda que pode ser oferecida à comunidade de imigrantes agora é através da administração", disse Jossie Flor Sapunar, porta-voz do grupo de defesa CASA, ao The Hill.

A postura da administração Biden resultou em uma comunidade de defensores dos imigrantes dividida, com os democratas alertando sobre os potenciais efeitos adversos. O deputado Adriano Espaillat (D-NY) enfatizou a necessidade de responsabilidade coletiva e colaboração entre o Congresso, o poder executivo, localidades e estados.

Grupos de defesa apontaram que o presidente poderia fazer um melhor uso do TPS, que protege nacionais de países em crise contra deportações. Eles estão pressionando o Secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, a redesignar El Salvador, Honduras, Nicarágua e Nepal para o TPS, bem como Guatemala e Venezuela. Essa medida aumentaria substancialmente o número de pessoas protegidas pelo programa.

Embora algum progresso tenha sido feito, como a prorrogação do período de registro para países de Ramos de 60 dias para 18 meses, os defensores estão preocupados que a administração Biden não tenha a mesma urgência para alívio na imigração que foi vista nas políticas restritivas da administração Trump.

Em agosto, um grupo de 24 organizações de defesa instou Mayorkas e o Procurador-Geral Merrick Garland a utilizar duas disposições de imigração menos conhecidas para auxiliar famílias de status misto. No entanto, essas medidas são consideradas apenas pequenos passos em direção ao objetivo final: a cidadania para 11 milhões de pessoas.