Programa de prevenção ao suicídio ensina estudantes do Alasca a identificar sua própria força

da redação

Líderes estudantis de 18 comunidades no Distrito Escolar Lower Kuskokwim, no Alasca, se reuniram no Centro Cultural de Bethel na terça-feira, dia 10, para discutir um assunto que normalmente não é o foco na sala de aula: a força dos estudantes.

No início, todos estavam um pouco silenciosos - os estudantes chegaram a Bethel de todas as partes de uma região do Delta de Yukon-Kuskokwim que é aproximadamente do tamanho do estado de West Virginia.

Mas eles começaram a se abrir quando a instrutora, Robyn Weiner, os dividiu em grupos com papel cartolina e marcadores e pediu que desenhassem coisas que os fortalecem. Um grupo de Kasigluk, uma vila ao noroeste de Bethel, preencheu o papel cartaz com leques de dança, barcos, redes de pesca, bolas de basquete e colheita de frutas.

Os estudantes eram todos das séries 6 a 12 e estavam lá porque suas comunidades os identificaram como líderes capazes de aprender as lições de um programa de prevenção ao suicídio chamado "Fontes de Força". Eles serão responsáveis por levar as lições para seus colegas.

O programa ensina os estudantes a identificar os fatores que os tornam resilientes e mostra como criar seus próprios caminhos para a cura em tempos de estresse ou trauma.

O programa está em seu terceiro ano no distrito e os administradores afirmam que ele aborda as questões mais difíceis que a juventude enfrenta com positividade.

Os objetivos do programa são sérios, mas a palavra suicídio não foi mencionada na sessão de cinco horas. O material se concentra em resiliência e valores pessoais. Os estudantes compartilharam as coisas que lhes trazem alegria e os fazem se sentir apoiados. Eles riram e até brincaram em jogos que fizeram toda a sala sorrir e aplaudir. Essa alegria era o remédio do programa, e o fato de ter vindo dos próprios estudantes era o ponto central.

O Alasca tem a terceira maior taxa de suicídio no país; jovens expostos ao suicídio têm maior probabilidade de tentá-lo. O suicídio foi a principal causa de morte entre pessoas nativas do Alasca e índios americanos com idades entre 10 e 24 anos no estado, de acordo com os dois anos mais recentes de dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças.