Publicado em 7/01/2024 as 4:00am
Brasileira acusada de assassinato na Virgínia tem pedido de fiança negado
Na sexta-feira, dia 29 de dezembro, um juiz do condado de Fairfax, Virgínia, negou fiança...
Na sexta-feira, dia 29 de dezembro, um juiz do condado de Fairfax, Virgínia, negou fiança para a brasileira Juliana Peres Magalhães, uma au pair de 23 anos acusada de atirar e matar um homem dentro da casa da família para a qual trabalhava.
Ela enfrenta acusações de assassinato em segundo grau pela morte a tiros de Joseph Nathan Ryan, de 39 anos, ocorrida há oito meses. A sua primeira aparição em um tribunal foi na sexta-feira passada.
De acordo com as informações, por volta das 8:00 a.m. do dia 24 de fevereiro de 2023, a polícia foi chamada para uma ocorrência na Rua Stable Brook Way, na cidade de Herndon. Ao chegarem, encontraram cinco pessoas na casa - quatro adultos e uma criança de 4 anos.
Dois dos adultos, Ryan e a esposa da família para a qual Magalhães trabalhava, Christine Banfield, foram brutalmente assassinados. Segundo a polícia, não havia sinais de arrombamento na residência.
O advogado de Magalhães argumentou na sexta-feira que ela matou Ryan em legítima defesa depois que ele supostamente esfaqueou Christine.
Segundo o advogado, foi o marido de Christine, Brendan, quem disparou o primeiro tiro e ordenou que ela pegasse sua arma no cofre. “Magalhães disparou contra Ryan porque ele começou a tentar se levantar”, afirmou.
Deirdre Fisher, mãe de Ryan, disse que seu filho não era uma pessoa violenta. "Joe nunca, aos 39 anos, havia agredido uma mulher ou sido violento com uma mulher. Então, isso é ridículo. É tão além do ridículo que eu nem consigo te dizer. Você não acorda de repente e decide que vai ser um assassino", disse ela.
A acusação apresentou evidências na sexta-feira de que Magalhães e Brendan Banfield mantiveram um relacionamento sexual por meses. O advogado exibiu fotos do quarto e do closet dos Banfield no dia dos assassinatos em comparação com pouco depois da prisão da au pair.
Nos oito meses desde os assassinatos, parece que a au pair mudou todos os seus pertences para o quarto principal. A acusação também destacou duas fotos de Magalhães e Brendan Banfield juntos - uma em um criado-mudo e outra em uma cômoda.
Quando a polícia questionou a família pela primeira vez, em fevereiro, após os assassinatos, Brendan disse que havia atirado em Ryan depois que ele havia esfaqueado sua esposa.
A polícia já afirmou anteriormente que Christine Banfield e Ryan se conheciam, mas não explicaram a natureza de seu relacionamento.
"Bem, eu acho que é possível", disse Fisher. Ela disse à WUSA9: "Joe era um adulto. Ele podia fazer o que quisesse. Você não é assassinado por sua atividade sexual, e era entre adultos consensuais".
Fisher diz que quer justiça para seu filho. "Ele era um homem bom. É isso que quero que ele seja lembrado, como a pessoa maravilhosa que ele era por dentro", disse ela.
Ninguém foi acusado pela morte de Christine Banfield até o momento.
A defesa alegou não ter visto nenhuma das evidências apresentadas pelo advogado de acusação. Embora o juiz tenha decidido manter Magalhães na prisão, também informou ao advogado de defesa que poderia solicitar outra audiência de fiança no futuro.
O juiz também expressou preocupações pelo fato de Magalhães, que é do Brasil, ter supostamente obtido um novo passaporte depois que a polícia apreendeu o dela. O advogado de defesa afirmou que sua cliente obteve o passaporte inocentemente, sem pensar que haveria acusações decorrentes disso. O advogado dela disse que pediu seus pertences pessoais de volta à polícia repetidamente durante o verão.
Uma audiência preliminar está marcada para as próximas semanas.
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Fonte: Da redação