Legisladora de NY, que entrou ilegalmente nos EUA, é criticada por propor mudanças no ensino sobre o 11 de Setembro

A Deputada democrata por New York, Catalina Cruz, está no centro de uma polêmica após propor alterações nas lições sobre os ataques de 11 de setembro nas escolas públicas. A legisladora, que veio para os Estados Unidos ilegalmente quando criança, elaborou um projeto de lei que visa deslocar o foco das aulas do ensino fundamental e médio dos ataques terroristas em si para os eventos que se seguiram, especialmente em relação à xenofobia e aos crimes de ódio anti-muçulmanos.

De acordo com o DailyMail.com, o projeto de lei de Cruz exigiria que as escolas abordassem não apenas os eventos do 11 de setembro, mas também o aumento da hostilidade contra muçulmanos e outras minorias após os ataques. Isso gerou críticas, com Michele Exner, conselheira do Parents Defending Education, descrevendo a medida como "idiota" e argumentando que os alunos deveriam aprender sobre as atrocidades dos ataques e não se concentrar em incitar o racismo.

Os ataques de 11 de setembro permanecem um símbolo poderoso em Nova York, mais de duas décadas depois que terroristas sequestraram aviões e os lançaram contra o World Trade Center, causando a morte de milhares de pessoas. A forma como esse evento é ensinado nas escolas é considerada crucial, especialmente porque muitos alunos não têm memórias diretas dos acontecimentos.

Cruz, em seu projeto de lei, também propõe incluir o heroísmo dos socorristas e o subsequente envolvimento dos EUA na Guerra ao Terror, mas também abordaria questões controversas como a islamofobia e a xenofobia na política e na sociedade em geral.

A tentativa de Cruz de mudar o currículo levanta questões sobre seu próprio histórico como imigrante indocumentada. Nascida em Medellín, Colômbia, ela entrou ilegalmente nos EUA aos nove anos e viveu como indocumentada por uma década antes de obter status legal. Criada por sua mãe solteira em Queens, Cruz superou obstáculos para estudar direito e eventualmente se tornar uma influente legisladora em Albany.

Esta não é a primeira vez que a maneira como o 11 de setembro é abordado gera controvérsia. O Museu Memorial Nacional do 11 de Setembro foi criticado por sua representação do Islã na década de 2010, levantando questões sobre como os eventos são interpretados e ensinados ao público em geral.

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Fonte: Da redação