Brasileira, namorado e filho são presos por abusar sexualmente de crianças na Flórida e transmitir em troca de dinheiro

Três indivíduos na Flórida foram detidos no dia 05 por supostamente conduzirem um negócio de livestream que transmitia abuso sexual de crianças para espectadores pagantes. Walquiria Cassini, uma mulher de 38 anos, que reside na região de Boca Raton (Flórida), e seu namorado de 42 anos, Ryan Londono, enfrentam acusações de estupro, solicitação e uso de uma criança em uma performance sexual, de acordo com mandados de prisão.

O filho de Walquiria Cassini, Matthew Cassini, de 20 anos, é acusado de estupro de uma criança menor de 12 anos.

De acordo com um depoimento juramentado, o caso envolve o abuso de dois meninos, de 14 e 7 anos. O menino de 14 anos afirmou que o abuso começou por volta dos 9 anos, enquanto o menino de 7 anos disse que começou aos 5 anos.

Em uma audiência no dia 06, no Condado de Palm Beach, o juiz Donald Hafele expressou estar chocado com as alegações do caso, conforme relatado pela afiliada da ABC WPBF. "Nos últimos 25 anos, eu vi praticamente de tudo, então chocar a consciência do tribunal é francamente uma proposição difícil", disse ele.

As autoridades iniciaram a investigação em novembro, quando delegados do xerife do condado de Marion foram chamados a uma residência em Ocala, na Flórida, por relatos de abuso sexual dos meninos, conforme o depoimento.

No local, encontraram o indivíduo que relatou o abuso, identificado no documento como o queixoso. O depoimento citou declarações feitas pelos meninos ao queixoso e aos investigadores, afirmando que o abuso ocorria "há um tempo" em uma residência separada ligada aos suspeitos, e que não queriam retornar lá.

Um dos meninos relatou que dois dos suspeitos retiravam as crianças de suas camas para abusá-las sexualmente na frente de um laptop.

O adolescente de 14 anos disse que a última vez que foi abusado sexualmente foi há quatro ou cinco meses, descrevendo o incidente como particularmente violento. Ele relatou que foi a "noite mais longa da sua vida", acrescentando que na manhã seguinte estava "tremendo e assustado" e "não conseguia falar uma palavra".

O adolescente também lembrou de uma ocasião em que espiou o quarto de um suspeito pela porta entreaberta. Ele disse que viu o menino mais novo e um dos suspeitos, ambos nus, conversando com "um homem desconhecido no computador", conforme o depoimento.

O laptop estava na borda da cama, sugerindo que foi colocado ali para proporcionar uma visão clara do abuso. O adolescente testemunhou que viu dois dos suspeitos abusando sexualmente do menino mais novo, que pedia para parar. Ele relatou que tinha visto vários "brinquedos e lubrificantes abertos na cama".

Em outra ocasião, o adolescente disse que viu um "monte de pessoas" no computador assistindo ao abuso sexual. Um dos meninos afirmou ter ouvido um dos suspeitos perguntando às pessoas no computador "sobre pagar-lhe dinheiro", e "acreditava que estavam em algum tipo de empreendimento comercial vendendo a livestream, vídeos e fotos deles", de acordo com o depoimento.

Uma das crianças também disse aos investigadores que tem pesadelos sobre o abuso sexual.

O FBI se envolveu no caso em fevereiro, após iniciar sua própria investigação sobre os suspeitos por crimes de computador associados à transmissão de material de abuso sexual infantil. Em janeiro, agentes federais entregaram cartas a várias empresas de tecnologia, incluindo Google, TikTok e X, sobre contas vinculadas aos suspeitos.

Os três acusados deverão comparecer ao tribunal em 4 de abril. Não está claro se Walquiria e Matthew Cassini contrataram advogados.

Fonte: Da redação