ACLU e grupos de direitos dos imigrantes processam política de fronteira de Biden

Grupos de direitos dos imigrantes processaram na quarta-feira, dia 12, numa tentativa de impedir a nova política de fronteira do presidente Joe Biden, que limita a capacidade de pedidos de asilo. As informações foram divulgadas pelo Washington Times. Liderados pela American Civil Liberties Union (ACLU), os grupos afirmam que a política viola a lei de imigração e as leis processuais que regem as ações do Poder Executivo.

Os grupos afirmaram que os imigrantes têm o direito de solicitar asilo de acordo com a lei dos EUA e que as novas restrições de Biden prejudicam esse direito, potencialmente deixando pessoas desesperadas no México. A ação foi movida no Tribunal Distrital dos EUA em Washington, D.C., e desafia um novo regulamento emitido pelos departamentos de Justiça e Segurança Interna como parte da tentativa de Biden de endurecer a política de fronteira durante a temporada eleitoral.

“Embora o Congresso tenha imposto algumas limitações ao direito de buscar asilo ao longo dos anos, nunca permitiu que o Poder Executivo proibisse categoricamente o asilo com base no local de entrada do imigrante no país”, disseram os grupos.

O plano de Biden se aplica a quase todos que atravessam a fronteira sul. O objetivo é eliminar os pedidos de asilo fraudulentos que têm sobrecarregado o sistema e servido como uma brecha, permitindo que milhões de novos imigrantes indocumentados se estabeleçam nos EUA, onde deveriam aguardar audiências sobre seus pedidos.

Historicamente, poucos ganham seus casos, mas acabam permanecendo nos EUA por anos ou décadas.

Biden esperou mais de três anos em seu mandato antes de anunciar sua abordagem mais rígida. Sob a nova política, os imigrantes serão submetidos a um padrão mais alto para passar pela verificação inicial de asilo na fronteira. Antes, eles precisavam apenas expressar um “medo” de retornar para casa. Agora, devem “manifestar” esse medo.

A ACLU e outros contestadores afirmaram que essa é uma barreira difícil de superar para um migrante angustiado. “Na prática, os não-cidadãos que acabaram de cruzar a fronteira, e podem estar com fome, exaustos, doentes ou traumatizados após fugir da perseguição em seus países de origem e do perigo no México, provavelmente serão intimidados por oficiais da Patrulha de Fronteira armados e uniformizados, e, portanto, são menos propensos a ‘manifestar’ seu medo de retorno”, disseram os grupos.

A política de Biden também recebeu críticas da direita, onde os republicanos dizem que suas ações são insuficientes e tardias. Eles afirmam que o presidente foi forçado a agir devido aos maus resultados nas pesquisas

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Fonte: da redação