Legislador de Maryland cobra explicações do DHS sobre falhas na coleta de DNA em caso de assassinato cometido por imigrante

O deputado republicano de Maryland, Andy Harris, criticou o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, por aquilo que descreve como uma “falha sistêmica” na coleta de DNA de imigrantes ilegais, após o assassinato de Rachel Morin em agosto de 2023. Morin, uma mãe de cinco filhos de 37 anos, foi encontrada morta na Ma & Pa Trail, um bairro de Baltimore.

Em uma carta enviada a Mayorkas na terça-feira, Harris questionou por que uma amostra de DNA de Victor Antonio Martinez-Hernandez, o imigrante ilegal acusado do assassinato de Morin, nunca foi coletada. Martinez-Hernandez, um salvadorenho de 23 anos, foi preso em Tulsa, Oklahoma, em junho e enfrenta acusações de assassinato em primeiro grau, estupro e sequestro.

A carta de Harris destacou preocupações de que Martinez-Hernandez teve múltiplas interações com agentes de fronteira antes de ser acusado, mas seu DNA nunca foi registrado. De acordo com a Lei de Impressão Digital de DNA, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) é obrigada a coletar DNA de todos os imigrantes ilegais. No entanto, Harris apontou que, de acordo com denúncias de informantes, menos de um terço dos migrantes encontrados pela CBP têm seu DNA coletado.

Citando memorandos internos do governo, Harris observou que apenas cerca de 37% dos encontros com imigrantes ilegais no Ano Fiscal de 2022 resultaram na coleta de DNA, com a porcentagem caindo para 31% no Ano Fiscal de 2023. Esse déficit, argumentou ele, levou a uma busca prolongada em todo o país por Martinez-Hernandez, permitindo que ele permanecesse em liberdade por quase dez meses.

A prisão de Martinez-Hernandez ocorreu depois que o DNA da cena do crime do assassinato de Morin foi associado a um DNA encontrado em uma invasão domiciliar em Los Angeles, vinculando o suspeito a crimes violentos adicionais. Apesar disso, as autoridades enfrentaram dificuldades para identificar Martinez-Hernandez inicialmente devido à falta de um registro de DNA anterior no sistema nacional Combined DNA Index System (CODIS).

O xerife do condado de Harford, Jeffery Gahler, criticou as políticas de imigração, afirmando: “Estamos a 1800 milhas da fronteira sul. E os cidadãos americanos não estão seguros devido às políticas de imigração falhadas.” Após a prisão, os promotores estão buscando uma sentença de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional para Martinez-Hernandez, que foi rotulado como um possível serial killer devido ao seu suposto envolvimento em múltiplos crimes contra mulheres.

Randolph Rice, advogado da família de Morin, expressou alívio pela busca de uma sentença de prisão perpétua, enfatizando que isso garante justiça para Morin e segurança pública. “A família Morin está grata pelo compromisso do Estado em assegurar justiça para Rachel e garantir que o suspeito nunca tenha a oportunidade de prejudicar ninguém novamente”, disse Rice.

A carta de Harris destaca uma crescente frustração com as práticas de aplicação da lei de imigração e suas implicações para a segurança pública. A investigação sobre as falhas na coleta de DNA levanta questões críticas sobre a eficácia das autoridades na gestão e rastreamento de imigrantes ilegais, especialmente aqueles com um histórico criminal violento.