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Publicado em 6/09/2024 as 3:00pm

Brasileiro relata desespero ao saber do tiroteio em escola onde filha estava

A tragédia ocorreu na cidade de Winder, nos arredores de Atlanta. De acordo com o chefe do departamento de investigação da Geórgia, Chris Hosey, as causas do ataque ainda estão sendo investigadas.


Os alunos foram levados ao campo de futebol antes de serem liberados

Um ataque a tiros ocorrido nesta quarta-feira (4) na Apalachee High School, no condado de Barrow, na Geórgia, deixou quatro mortos e nove feridos. A escola, com cerca de 2.000 alunos, foi alvo de um atirador de 14 anos, estudante do próprio colégio, que abriu fogo contra professores e alunos. Entre as vítimas fatais estão dois professores e dois alunos, segundo informações da polícia local.

A tragédia ocorreu na cidade de Winder, nos arredores de Atlanta. De acordo com o chefe do departamento de investigação da Geórgia, Chris Hosey, as causas do ataque ainda estão sendo investigadas. O atirador foi detido e será julgado como adulto, enfrentando acusações de assassinato.

Relatos de medo e desespero

A comunidade escolar, que conta com vários filhos de brasileiros, viveu momentos de terror durante o ataque. Carlos, pai da estudante Eduarda, compartilhou o drama vivido ao tentar localizar sua filha. Em entrevista à Rádio Brazil Atlanta, ele contou ter recebido uma ligação da ex-esposa por volta do meio-dia, informando sobre o tiroteio.

“Eu perdi o chão”, relatou Carlos, aliviado ao saber que Eduarda estava em segurança, aguardando junto à mãe na entrada da escola. A filha descreveu o pânico entre os estudantes, que inicialmente acreditaram que se tratava de um treinamento de emergência.

"Código vermelho" e confinamento

Por volta das 10h30, a escola emitiu um alerta de "código vermelho", indicando uma situação de risco. Eduarda, como muitos de seus colegas, não tinha certeza da gravidade do ocorrido até que foi confirmado que o colégio estava sob ataque. Os alunos, sob a orientação de um professor, se esconderam em um closet dentro da sala de aula, barricando a porta com móveis.

"O clima era de completo desespero", relatou a estudante. Alguns alunos entraram em pânico, chorando incessantemente enquanto esperavam por instruções. Momentos de tensão se seguiram até que um policial bateu na porta da sala. Após verificar a identidade do oficial, o professor liberou os alunos, que foram evacuados em fila para o campo de futebol da escola, onde a segurança foi reforçada.

Homanegm às vítimas do ataque

Liberação sob forte segurança

A filha de Carlos foi levada ao campo por volta das 11h e só foi autorizada a deixar a escola às 13h30. Enquanto isso, Carlos, que estava trabalhando, só soube do ocorrido por volta das 13h40, após ser informado pela ex-esposa. “Mesmo sabendo que tudo já havia se resolvido, fiquei apavorado. Tenho outro filho que estuda em uma escola próxima, e a sensação de impotência é desesperadora”, lamentou.

Carlos ainda contou que uma amiga de sua filha viu o corpo de um dos professores caído no chão. "É uma situação assustadora. Não sabemos o que dizer aos nossos filhos. Apenas oramos e tentamos acalmá-los, mas é desesperador não poder protegê-los", disse ele. "Saímos do Brasil para fugir da violência e enfrentamos algo assim aqui. Não dá para descrever o desespero."

A comunidade agora busca respostas e consolo após mais um trágico episódio de violência armada em escolas nos Estados Unidos. As autoridades continuam investigando o que teria motivado o ataque.

A entrevista completa está disponível através do link https://bit.ly/47fUtww ou acesse a Rádio Brazil Atlanta no Instagram “Radio Brazil Atlanta”

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