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Publicado em 20/09/2024 as 8:00am

“Diabão brasileiro” tem visto negado para os EUA e alega preconceito

A negativa do visto, que também seria válido para o México, foi um duro golpe, já que, desde outubro de 2023, brasileiros precisam de visto para entrar no México, além dos vistos americanos, canadenses ou japoneses.


Tatuador com recorde no Guinness disse ter apresentado todos os documentos necessários no consulado

Diabão Faro do Prado, um tatuador brasileiro conhecido por ostentar o recorde mundial de maior número de implantes na cabeça, expressou sua frustração após ter seu visto para os Estados Unidos negado pelo consulado em São Paulo. O artista, que tem mais de 80% do corpo tatuado e já passou por mais de 60 modificações corporais, descreveu a decisão como um golpe emocional e acusou preconceito.

Diabão, que recentemente mudou legalmente seu nome para refletir seu apelido, havia solicitado o visto com o objetivo de participar de dois eventos importantes: uma convenção de tatuadores em Miami (Flórida) e uma conferência de modificadores corporais em Guadalajara, México.

A negativa do visto, que também seria válido para o México, foi um duro golpe, já que, desde outubro de 2023, brasileiros precisam de visto para entrar no México, além dos vistos americanos, canadenses ou japoneses.

O tatuador relatou que, ao comparecer ao Consulado dos Estados Unidos no dia 10, foi confrontado com uma série de perguntas que considerou “medíocres” e afirmou que o oficial consular não revisou sua documentação completa. “Eu sei que minha aparência é diferente, assustadora, sinistra. Tenho consciência disso. Mas achei injusto, porque a decisão foi tomada rapidamente, sem uma análise adequada da minha documentação”, desabafou Diabão.

Diabão revelou ter sentido uma negativa pré-determinada pela expressão do oficial consular, o que reforçou seu sentimento de injustiça. “Foi um baque para mim. Fui perguntado sobre meu estado civil, por que minha esposa não viajaria comigo e qual o motivo da viagem. Sem checar minha documentação, me entregaram um papel com a negativa”, contou o tatuador.

Tatuador Michel Prado trocou de nome para Diabão

Em suas redes sociais, Diabão fez um relato detalhado da experiência. “Voltando do consulado com o visto negado, revoltado, coração quebrado, indignado e sem fé no bem”, escreveu. Em outro post, ele refletiu sobre sua resiliência e enfrentamento das adversidades. A negativa também provocou uma onda de comentários negativos, com alguns seguidores associando a decisão aos seus “excessos” pessoais.

Diabão refutou essa opinião, destacando que a discriminação não deve ser justificada.

Ele comparou sua situação a outras minorias sociais, afirmando que não deve haver culpa por ser diferente. “O negro, o gay, o obeso e outros grupos também enfrentam preconceito. Vamos acabar dizendo que o problema está na vítima, não em quem perpetua a injustiça?”, questionou.

Apesar da decepção, Diabão decidiu não solicitar um novo visto, devido ao custo elevado e ao receio de uma nova negativa. Ele afirmou estar profundamente chateado, mas pretende seguir em frente, fortalecendo-se diante das adversidades.

 

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