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Publicado em 23/09/2024 as 8:00am

Ex-policial militar brasileiro condenado por matar adolescente em Goiás é preso na Geórgia

O ex-sargento da Polícia Militar Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado pela morte do...

O ex-sargento da Polícia Militar Paulo Antônio de Souza Júnior, condenado pela morte do adolescente Roberto Campos da Silva em 2017, foi expulso da Polícia Militar de Goiás. A decisão, publicada no Diário Oficial do Estado na última quarta-feira (18), foi tomada de forma unânime pelo conselho de ética da corporação.

De acordo com o texto da decisão, Paulo Antônio foi considerado culpado e não possui mais condições de permanecer na ativa. “A sanção administrativa de exclusão é aplicada a bem da ética e disciplina”, consta no documento. Além disso, a identidade militar do ex-sargento e de seus dependentes deverá ser recolhida.

Paulo Antônio esteve foragido por 10 meses, desde sua fuga do presídio militar em outubro de 2023 até sua captura em Atlanta, na Geórgia, em 27 de julho deste ano. Ele havia escapado durante um período de remissão de pena, ao não retornar ao presídio após o expediente. O nome do ex-sargento foi incluído na lista vermelha da Interpol em fevereiro deste ano, quatro meses após sua fuga.

O sargento foi condenado a 21 anos e 4 meses de prisão pelo homicídio de Roberto, que tinha apenas 16 anos, e pelo ferimento do pai da vítima, Roberto Lourenço. O crime ocorreu em abril de 2017 e foi marcado por diversas controvérsias. Durante o julgamento, realizado em junho de 2023, dois outros policiais militares, Rogério Rangel Araújo Silva e Cláudio Henrique da Silva, também foram condenados a 10 anos e 8 meses de prisão cada um.

Na noite do crime, os três policiais estavam à paisana quando foram à casa de Roberto Lourenço e desligaram o relógio de energia. Em reação ao susto, Roberto pegou uma arma, disparando um tiro para o alto. Os policiais responderam com uma série de disparos, resultando na morte de Roberto e ferindo gravemente seu pai, que sobreviveu, mas ainda convive com projéteis não removidos em seu corpo.
Roberto Lourenço expressou sua dor ao relembrar a tragédia. "Parece que [a morte] foi ontem, é uma dor sem fim", declarou, ressaltando o impacto que a perda teve em sua vida e na comunidade.

A exclusão de Paulo Antônio da Polícia Militar não apenas reflete a gravidade das acusações contra ele, mas também levanta questões sobre a responsabilidade e a conduta de policiais em situações críticas. A sociedade espera que casos como esse não se repitam, clamando por justiça e por um sistema que atue de forma eficaz para prevenir a impunidade.

Fonte: Da redação

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