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Publicado em 17/10/2024 as 8:00am

Proposta de Emenda Constitucional em NY gera debate sobre possível direito ao voto para imigrantes indocumentados

Uma proposta de emenda constitucional em New York, voltada para ampliar as proteções contra a...

Uma proposta de emenda constitucional em New York, voltada para ampliar as proteções contra a discriminação, está gerando polêmica, com advertências de que pode permitir que imigrantes em situação irregular votem nas eleições estaduais. A Proposição 1, conhecida como Emenda dos Direitos Iguais, será votada no próximo mês e pretende incluir novos grupos como classes protegidas sob a Constituição do Estado de NY.

A Proposição 1 visa expandir as categorias de proteção constitucional para incluir etnia, origem nacional, orientação sexual, identidade de gênero, gravidez e seus desfechos, garantindo "proteção igualitária perante a lei" a todos os nova-iorquinos.

Organizações como a New Yorkers for Equal Rights, que apoia a medida, afirmam que ela garantirá direitos reprodutivos no estado, evitando que futuras mudanças políticas possam revogar essas proteções. O grupo também argumenta que a emenda fecha "brechas" que permitem a discriminação contra os cidadãos mais vulneráveis.

No entanto, a advogada de direitos civis Bobbie Anne Cox alerta que a emenda é um "cavalo de Troia" para mudanças mais amplas, incluindo o potencial de permitir que imigrantes em situação irregular possam votar em eleições estaduais. Cox afirma que a inclusão de "etnia" e "origem nacional" como classes protegidas poderia abrir precedentes para que imigrantes sem status legal nos EUA alegassem o direito ao voto.

"Origem nacional significa o lugar de onde você veio, exceto os Estados Unidos", explicou Cox. "Se estamos dizendo que todos em New York têm o direito constitucional de não serem discriminados, isso pode abrir margem para o argumento de que pessoas que não são deste país devem ter o direito de votar, em nome da igualdade e da justiça."

A advogada também destacou o precedente estabelecido pelo Conselho da Cidade de NY em 2022, que aprovou uma lei permitindo que não-cidadãos votassem em eleições locais. Embora a legislação tenha sido considerada inconstitucional por um tribunal estadual de apelações em fevereiro, defensores da medida continuam a lutar pela sua implementação.

Alguns políticos de NY apoiaram a posição de Cox. O ex-congressista republicano Lee Zeldin elogiou a advogada em uma coletiva de imprensa no mês passado, alertando os eleitores para lerem com atenção o texto da proposta. "Não queremos que os nova-iorquinos sejam surpreendidos pelo que isso pode significar para o futuro", disse Zeldin.

Por outro lado, o deputado estadual Charles Lavine, do Partido Democrata, argumentou em um artigo de opinião que a Proposição 1 "não concede direitos especiais a ninguém". Segundo Lavine, a emenda é simplesmente uma medida para "fortalecer a constituição do estado" e proteger todos os nova-iorquinos contra discriminação, sem interferir nas leis de imigração ou asilo.

Até o momento, o escritório da governadora Kathy Hochul não se manifestou sobre as preocupações levantadas por Cox, e a organização New Yorkers for Equal Rights também não respondeu aos pedidos de comentários.

A Proposição 1 será submetida aos eleitores de NY no próximo mês, com ambos os lados do debate atentos às implicações de longo prazo da medida.

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